Redução de estômago só em último caso, diz especialista


Do PE360º
Postagem: Gabriel Diniz


De acordo com o Ministério da Saúde, os números de brasileiros com sobrepeso e obesidade aumentaram muito nos últimos quatro anos. 46,6% da população está acima do peso e 13,9% dela já é obesa. A incidência maior de obesidade foi encontrada entre pessoas de 55 a 64 anos de idade. A doença também tem surgido entre os jovens de 18 a 24 anos. Por conta disso, em busca de uma solução mais rápida, muita gente tem recorrido à cirurgia para redução de estômago. Nem sempre, porém, esta é a solução mais saudável.

A recomendação dos médicos sobre a cirurgia é clara: ela só deve ser feita quando outras atitudes, como dieta, exercícios físicos e remédios, não dão certo. “O grupo que não teve sucesso no tratamento clínico e chegou ao estágio de obesidade mórbida, ele se beneficia muito com o tratamento cirúrgico. Porque o quadro de obesidade mórbida oferece risco de morte, quase quatro vezes maior do que o risco da operação.

Na operação considerada padrão é realizada a redução de estômago e se acrescenta um pequeno desvio intestinal onde a absorção dos nutrientes é diminuída. Com isso você tem uma efetividade na perda ponderal. Além disso, esse desvio é responsável pelo equacionamento de alguns problemas metabólicos, como a diabetes”, explicou o médico Walter França (foto).

Depois da cirurgia é preciso alguns cuidados para não ganhar peso em seguida: “os pacientes que buscam esse procedimento não basta serem operados. Eles são avaliados por uma equipe que envolve nutricionistas, psicólogos, endocrinologistas. O sucesso do procedimento está na disciplina e no cumprir das determinações desses profissionais.

O preparo do paciente e de sua família é essencial”, contou o profissional. O Hospital Osvaldo Cruz é referência nesse tipo de cirurgia. No ano passado foi a unidade de saúde pública que mais realizou cirurgia de redução de estômago em todo o País. Os pacientes que preenchem os pré-requisitos para realização do procedimento devem procurar a Unidade de Cirurgia da Obesidade, se inscrever no programa e participar das reuniões. É realizado um acompanhamento e, quando chegar a vez na fila de espera, o paciente é atendido.

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