População reclama de barulho, mas não faz denúncia


De Cidades/ JC

Quase 90% da população da Região Metropolitana do Recife (RMR) é afetada pela poluição sonora, mas os que utilizam os meios legais para reclamar dela ainda são poucos. Apesar de 83% alegarem conhecer a lei que regula a poluição sonora como crime, apenas 18% disseram ter ligado alguma vez para a Polícia Militar (190) para solicitar providências. Essas são algumas das conclusões da pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos do Macroambiente Empresarial de Pernambuco (Gemepe/Fafire), encomendada pelo Ministério Público do Estado (MPPE) para diagnosticar como os moradores dos grandes centros urbanos são afetados pelo barulho das buzinas, sirenes, carros de som, entre outros equipamentos.

Dos 657 entrevistados no Grande Recife, entre os dias 4 e 9 de julho último, 89% disseram já ter sido afetados, pelo menos uma vez, por um abuso sonoro. Em 46% deste grupo o problema é recorrente, já tendo acontecido várias vezes. Sobre a frequência do incômodo, 77% dos participantes da pesquisa disseram ser afetados semanalmente, dos quais 42% se dizem atingidos diariamente. Outro ponto pesquisado foi a atuação da polícia e das prefeituras nesse tipo de problema. Para 74% das pessoas avaliadas, o poder público têm sido ineficaz.

Os tipos de poluição que mais incomodam a população estão ligadas a carros de som. Destes, os “vencedores” são os carrinhos de CD piratas, com 34%, seguido dos carros de som utilizados em publicidade, com 30%, e de carros particulares, com 24%. Este último, obteve 98% de reprovação. Segundo os participantes da pesquisa, a atividade deveria ser proibida ou regulamentada de alguma forma.

Postagem: Gabriel Diniz

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