O delegado Victor Leite, da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), informou, na tarde desta quinta-feira (10), que outras duas crianças estavam com o estudante Lucas Kauã Muniz da Silva, 8 anos, no momento em que ele teria sido arrastado para dentro de um carro e sequestrado, no último sábado, na Ilha Joana Bezerra, área central do Recife.
De acordo com o delegado, as outras crianças só não foram levadas porque correram no momento da ação. A Polícia Civil chegou até uma das crianças após analisar um vídeo registrado pelas câmeras da Secretaria de Defesa Social que ficam do lado de fora da estação de metrô Joana Bezerra.
Em depoimento à polícia, uma das crianças disse que estava com Lucas e o outro colega na frente da estação quando o homem desconhecido chegou e os abordou. A criança ainda disse que o sequestrador tentou seduzir os meninos a entrar no carro oferecendo presentes, entre eles uma bicicleta.
ABORDAGEM - As crianças confirmaram que o suposto sequestrator (reconhecido através do retrato falado), que usava uma barba postiça, não estava só no carro. Uma delas falou em três pessoas, a outra disse que eram quatro os ocupantes do veículo.
Lucas Kauã desapareceu depois das 17h de sábado. Foi visto pela última vez por um primo de 13 anos, no ponto de táxi ao lado do campo de futebol, em frente à estação do metrô da Ilha Joana Bezerra, área central do Recife. Estava com um homem de aproximadamente 1,70 metro, magro, negro e com barba por fazer, características semelhantes às de um suposto vendedor de picolé visto pela mãe de Lucas por volta das 16h, no mesmo local, e que teria momentos antes dado um anel de presente ao garoto e prometido uma bicicleta. Ela voltava do trabalho e foi com o menino para casa. Enquanto tomava banho, Lucas saiu e disse ao irmão mais velho, de 10 anos, que ia buscar a bicicleta prometida.
Fotos do garoto foram distribuídas e a orientação, para quem reconhecer Lucas ou souber alguma informação, é ligar para o 190. A família do menino denunciou o desaparecimento à GPCA na noite de sábado. Na noite de domingo a mãe foi ouvida e avaliadas as primeiras imagens das câmeras da SDS.