Postagem: Gabriel Diniz
O diagnóstico de Síndrome de Down foi dado na sala de parto, quando Maria Gabriela veio ao mundo, há oito meses, porque os exames de pré-natal não detectaram a patologia. Apesar disso, a notícia foi recebida com tranquilidade pela mãe, a advogada Renata Sonodo, 33. “Não perdi a alegria de ser mãe”, comenta. Com acompanhamento adequado, a família soube lidar com a questão de que, na maioria das vezes, é acompanhado de medo. Atualmente, uma das atividades de Renata é manter contato com mães que passam pela mesma situação, além de lutar para que tenham acompanhamento psicológico, principalmente, no momento em que o diagnóstico é comunicado.
Abordar esta questão, entre outras que envolvem o atendimento a crianças portadoras de necessidades especiais é um dos objetivos da Jornada de Assistência e Apoio a Bebês e Crianças Especiais, que acontece de hoje até o próximo domingo. O evento está em seu 3º ano e é promovido pela Associação Novo Rumo, ONG que atende crianças especiais e familiares. “Nosso intuito é conscientizar e sensibilizar profissionais de saúde no atendimento a crianças especiais. Trata-se de um evento multidisciplinar de saúde, que envolve questões como lidar e tratar essas crianças”, explica geneticista e diretora da associação, Paula Arruda.
Na manhã de ontem, foi realizado no auditório da Associação Médica de Pernambuco, o I Fórum de Famílias de Bebês Especiais, no qual pais e especialistas trocaram experiências a respeito da comunicação do diagnóstico. Na ocasião, um manifesto foi elaborado para ser encaminhado para os governos estadual e municipal. No documento, constam propostas de melhorias no atendimento público de saúde, a exemplo da presença de um psicólogo para preparar a família no momento de receber a notícia do diagnóstico.
Durante a jornada, mais de 30 palestras serão ministradas por especialistas que trabalham com atendimento de portadores de doenças genéticas e/ou deficientes. O público-alvo do evento são profissionais de saúde e estudantes interessados em atuar na área. Este ano, podem também participar pais de crianças especiais. Para participar, o interessado deve comparecer à Associação Médica de Pernambuco, no bairro da Boa Vista, Recife, e realizar a inscrição no local. O evento conta com o apoio institucional do Cremepe e da associação médica.
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