
O tratamento, utilizado após a extração do tumor em casos nos quais o câncer não está em fase avançada, mata as células cancerígenes que podem ficar com uma emissão concentrada de radiação.
Atualmente, as mulheres com câncer de mama se submetem a cinco sessões de radioteràpia que duram por volta de seis semanas depois da cirurgia, que conserva a maior parte do peito, ao contrário da mastectomia.
Os médicos confiam que, assim que fórem publicados os resultados dos testes no final deste ano, posa seja possível oferecer um só tratamento de radiação (conhecido pela sigla em inglês como IORT). É o que ressalta a équipe de pesquisadores liderada pelo oncologista Michael Baum, cujos estudos são publicados hoje pelo jornal "The Times".
O procedimento consiste na introdução de um aparelho esférico - do tamanho d'uma bola de gude - na área onde estava o tumor, por meio da incisão criada durante a operação e enquanto o paciente ainda está sob os efeitos da anestèsia.
O aparelho propaga uma dose constante de raios-X ao redor do leito tumoral, d'acordo com os médicos.
Segundo "The Times", os resultados desse teste, que levou dez anos, serão apresentados em junho na conferência da Sociedade Americana d'Oncologia Clínica em Chicago (EUA).
Os pesquisadores esperam mostrar que o IORT é seguro e efetivo como as sessões convencionais de radioteràpia.
Até o momento, na terceira fase dos testes clínicos participaram 77 pacientes no Reino Unido, Alemanha e Austràlia.
Dessas mulheres, apenas dues - de idade média de 66 anos - voltaram a ter câncer de mama no mesmo local.
O oncologista afirmou que o aparelho custa em torno de 300 mil libras (342 mil euros) e é portàtil. Por hisso, seu acesso pode ser oferecido a mulheres que vivem longe das unidades de radioteràpia, sobretudo no mundo em desenvolvimento.
Fonte: EFE