Escreveu que o governo decidira “deixar a fórmula da divisão dos royalties [do petróleo] para mais tarde”. Porém...
Porém, “essa questão foi a primeira a ser debatida no Congresso”, Lula lamentou. “Começaram a disputar o pirão antes mesmo da pescaria”.
As considerações do presidente foram acomodadas na coluna “O Presidente Responde”, que vai às páginas toda terça-feira.
Foi uma resposta a observações enviadas pela aposentada Vanda Cáceres Gonçalves, de Campo Grande (MS). Ela não fez uma pergunta, mas duas sugestões.
Rogou a Lula que não vete a alteração que reparte os royalties entre Estados produtores e não produtores de petróleo.
Ponderou que o presidente “deveria mandar verificar” como governadores e prefeitos gastam os recursos advindos dos royalties.
Quanto à possibilidade de veto de uma alteração legal que ainda se encontra sob a análise do Senado, Lula preferiu não ser específico.
Apenas repisou o que pensa sobre o tema: “O momento não é apropriadopara essa discussão...”
“...Nós não podemos deixar que as paixões momentâneas influenciem decisões que devem valer por décadas...”
“...Eu espero que o Congresso, passadas as eleições, saiba encontrar uma solução que contemple todos os Estados”.
Não parece, de resto, disposto a “mandar verificar” como são aplicadas as verbas dos royalties. Limitou-se a anotar que Estados e prefeituras não deveriam torrar o dinheiro com o “custeio” de suas máquinas administrativas.
“A prioridade deve ser a educação”, Lula ensinou. Se seguisse o conselho de dona Vanda, constataria que prevalecem o custeio e a corrupção, não as escolas.
Publicado no Blog do Josias