EMOÇÃO NA DESPEDIDA DE CARLOS AUGUSTO, FILHO DE MIGUEL ARRAES


Políticos, empresários, parentes e amigos lotaram a capela do Cemitério de Santo Amaro, no Centro do Recife, neste sábado (27), para se despedir do terceiro de dez filhos do ex-governador Miguel Arraes de Alencar. Carlos Augusto Arraes de Alencar morreu no final da tarde de sexta-feira (26), no Rio de Janeiro, vítima de uma pneumonia química. Seu sobrinho, o governador Eduardo Campos, a víuva, Sandra Leote Arraes, e os filhos de 15 e 17 anos eram os mais emocionados. Eduardo era muito próximo ao seu "tio Gusto" e, segundo assessores, sempre que tinha agenda no Rio, procurava encontrá-lo.

O governador passou toda a missa em silêncio, ao lado da viúva e seus filhos. Do outro lado, sempre com as mãos nos ombros do governador, estava a primeira dama Renata Campos. Em nenhum momento eles saíram de perto do caixão. Dona Madalena, viúva de Miguel Arraes, aparentava força e era apoiada pela filha, a deputada federal Ana Arraes.

Todo o secretariado do Estado estava no cemitério. Além deles, nomes como Guel Arraes - filho do ex-governador -, sua ex-mulher, a atriz Virgínia Cavendish, o ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, o presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Armando Monteiro Neto, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro e o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa.

Diversos prefeitos compareceram à cerimônia: Djalma Paes (Glória do Goitá), Etore Labanca (São Lourenço da Mata), Sandoval Cadengue (Brejão), entre outros. Também compareceram o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Fernando Correia, e o presidente da Chesf, Dilton da Conti.

Formado em física pela Universidade de Sorbonne, na França, não exercia a profissão. Trabalhava como empresário do ramo de exportação. Morou fora do Brasil, na França e na Argélia. Depois da Anistia, em 1979, voltou ao País e passou a morar no Rio de Janeiro.

Carlos Augusto (em pé) com o pai, Miguel Arraes
(sentado, à direita), no exílio (1973), em Paris


"Conheci ele muito pequeno. Convivi com ele em Paris. Gusto, da família, era o mais alegre. Era o cara que que gostava de curtir a vida", contou o pintor José Barbosa, amigo que esteve com Augusto pela última vez no ano retrasado, em Maragogi (AL). Foi ele quem fez a foto que distribuia no cemitério. A imagem mostra Augusto e Miguel Arraes na França, em 1973.

Em 2007, Augusto descobriu um câncer de fígado. Chegou a ser transplantado e ficar livre da doença. No dia 10 de março teve uma pneumonia química, consequencia de um refluxo, que o levou para o Hospital São Vicente, no Rio de Janeiro. Ontem, às 17h, faleceu. O corpo chegou à capital pernambucana às 15h deste sábado e foi enterrado duas horas depois, no túmulo do pai.

Por Daniel Guedes

Foto1: Daniel Guedes
Foto2: José Barbosa

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