COMEÇA O JULGAMENTO DOS NARDONI
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Começou às 14h17 desta segunda-feira (22) o julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella Nardoni, 5, que morreu em março de 2008 após cair do 6º andar do Edifício London, zona norte de São Paulo. O julgamento estava previsto para começar às 13h.
Dois anos depois do crime que parou o país, o casal responde por homicídio triplamente qualificado e fraude processual (por alterarem a cena do crime com o objetivo de enganar a Justiça). Eles negam as acusações e se dizem inocentes (entenda as acusações). Esta será a primeira vez que eles se encontram desde que foram interrogados, em maio de 2008.
A estimativa do tribunal é de que o julgamento dure até cinco dias. Nesta segunda, o julgamento deve acontecer até 21h, e nos outros dias será retomado às 9h. Para decidir o destino do casal, sete jurados estão sendo escolhidos entre 17 homens e 23 mulheres.
O Ministério Público e a defesa têm direito de recusar três jurados cada um. Em seguida, serão ouvidos depoimentos dos réus. Depois, os jurados ouvirão 24 testemunhas arroladas por defesa e acusação.
O júri deve contar com um vídeo contendo a simulação do crime e uma maquete do edifício, trazidos pela Promotoria, e com objetos encontrados no apartamento e outros, como a tela de proteção da janela, requeridos pela defesa.
O promotor do caso, Francisco Cembranelli, defende que Isabella foi jogada pela janela do 6º andar do Edifício London pelo pai. Antes, foi esganada pela madrasta e agredida por ambos. Já a defesa do casal insiste na tese de que havia uma terceira pessoa no prédio.
O advogado Ricardo Martins, que defende o casal junto com o advogado Roberto Podval, disse hoje não ter dúvidas da absolvição de seus clientes. “Eles serão absolvidos com certeza. Não há nenhuma prova que ligue o casal a este crime. Não há nenhuma perícia crucial, como o próprio promotor admitiu há poucos dias do júri. Além disso, há inúmeros falhas nesse processo", afirmou.
Para Martins, a cobertura da imprensa sobre o caso pode influenciar na decisão do júri. “Eu estou certo que se os jurados estiverem dispostos a ouvir as provas eles vão absolver. Agora, se vierem pensando só no que a imprensa tem dito ao longo desse tempo todo, aí até eu teria um monte de dúvidas”. Questionado se há hipótese de o casal confessar o crime, o advogado disse que é impossível. “O casal não irá confessar algo que não fez."
Fonte: UOL
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