AMBULANTES PROTESTAM NA AV. CAXANGÁ



Vendedores ambulantes instalados na Avenida Caxangá realizaram esta manhã um protesto, fechando o trânsito da Avenida Joaquim Ribeiro. Queimando pneus e exibindo as notificações de desocupação, eles protestaram contra a desapropriação da área que ocupam por conta das obras de construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Caxangá.


Os proprietários dos 18 estabelecimentos se queixam que alguns atuam no local há 40 anos e a maioria tem, no comércio, a única fonte de renda. Eles alegam que que na quarta-feira (03), receberam as notificações que exigiam a retirada dos pontos comerciais, a maioria no ramo de alimentação, num prazo de 48 horas, mas que não há promessa de pagamento de indenizações.


Maurício Pedroza, de 55 anos, presidente da Associação dos Moradores do Loteamento Nova Descoberta, apoia o movimento dos comerciantes: “Antes da UPA chegar tinha gente aqui há 40 anos. As barracas são a única fonte de renda da maioria dos comerciantes. O que está acontecendo aqui é uma indecência! Por que não remanejar esses trabalhadores para boxes de mercados públicos? É o mínimo que a prefeitura poderia fazer”.


“A gente fica feliz porque a UPA vai beneficiar a comunidade, mas o problema é que tirar essas barracas vai prejudicar a gente”, lastima o ambulante José Carlos da Silva, 64, que tira do local o sustento de seis pessoas.


Edileuza Maria Bezerra, 40, dona uma lanchonete, denuncia: “Eles disseram que teríamos uma ‘área de lazer‘ dentro da UPA. Seria feita uma reunião para esclarecer isso, mas no fim querem nos despejar e, pior, sem indenização. O que agente quer é justiça”.


Por Ed Wanderley
Vídeo: Pernambuco.com

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