SÓ UM MILAGRE SALVA O NÁUTICO


O jogo do domingo era do Sport, contra o Fluminense, porém o grande interessado era o Náutico. Torcia contra o Flu e os outros adversários diretos na briga contra o rebaixamento. Mas tomou um enorme banho de água fria, na medida em que todos venceram.

Além da vitória do Fluminense sobre o Leão, o Botafogo derrotou o São Paulo por 3 x 2 e o Santo André passou pelo Avaí por 4 x 2. Esses três resultados são péssimos para o Náutico, sobretudo o do Botafogo. A situação alvirrubra tornou-se desesperadora.

Para simplificar: para passar o Botafogo — primeiro time fora da zona do rebaixamento — o Náutico precisaria ganhar as duas partidas restantes (Santo André, fora, e Avaí, em casa) , e o Botafogo precisaria perder as duas partidas — Atlético-PR (fora) e Palmeiras (casa). Um simples empate do Botafogo, e o Náutico não poderia mais alcançá-lo. Além disso, o Fluminense não poderia vencer nenhuma das duas partidas que lhe restam — Vitória (casa) e Coritiba (fora). Com mais três pontos, o time não poderá ser mais alcançado pelo Timbu.

É preciso observar que o Náutico, matematicamente, ainda poderia ultrapassar outros três times. Um deles é o Coritiba, que tomou hoje um 4 x 0 do Santos, no outro jogo da tarde. O Coxa tem 44 pontos, assim como Atlético-PR e Vitória. Mas para passar eles, além das derrotas em todos os jogos, o time precisaria tirar uma diferença gigantesca de saldo de gols. 11 gols é a diferença hoje entre o saldo de Coritiba e Atlético-PR (-9) e o saldo do Náutico (-20).

Portanto, seria preciso, por exemplo, o Náutico vencer as duas partidas que lhe restam por 5 x 0, se os adversários perderem por 1 x 0. Ou então que todas as vitórias do Náutico e derrotas do Coritiba ou Atlético-PR fossem de 3 x 0.

O resumo da ópera é: o Náutico está respirando por aparelhos na Série A.

À espera de um milagre.

Por Marcelo Cavalcante

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