
O imóvel de número 91, onde até 1973 funcionava a sede da empresa inglesa Western Telegraph Company e atualmente encontra-se sem ocupação, tem novo destino. Situado no coração do Carnaval Multicultural do Recife, o Bairro do Recife, ele abrigará um espaço dedicado à celebração e valorização do frevo. Idealizado pela Prefeitura do Recife, o Paço do Frevo terá sua museografia assinada pela artista Bia Lessa e será um centro difusor do frevo e da cultura pernambucana e também um ponto de encontro de profissionais e do público em geral.
O projeto está orçado em R$ 8,7 milhões e é uma iniciativa da Prefeitura de Recife, com realização da Fundação Roberto Marinho. De acordo com o prefeito João da Costa a ideia surgiu em 2007 quando a Prefeitura desenvolveu o projeto 100 anos do Frevo, com uma série de iniciativas e ações para marcar o centenário do ritmo. De lá para cá, a administração municipal se empenhou em buscar parcerias e captou recursos junto ao Governo Estadual e também na iniciativa privada para viabilizar a proposta.
Grande parte da verba para implantação do Paço do Frevo foi captada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou R$ 3 milhões, a empresa Camargo Corrêa financiará R$ 870 mil e a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) entrará com R$ 750 mil. Para completar os R$ 8,7 milhões, a prefeitura contribuirá com R$ 1,5 milhão e o governo do Estado (Empresa Pernambucana de Turismo) com mais R$ 1,5 milhão.
O edifício, de arquitetura eclética, será totalmente recuperado. Com quatro pavimentos e 1.733m², o imóvel faz parte do complexo turístico das cidades do Recife e de Olinda, tombado pelo IPHAN desde 1998.O projeto prevê a restauração das fachadas do prédio e a adaptação dos seus espaços internos. “A ideia é estimular o aprendizado do frevo, de sua história, música e dança e promover ações educativas, com a realização de oficinas, exposições e apresentações especiais”, explica Renato L, secretário de Cultura do Recife, que administrará o espaço.
Fonte: Folha PE