ABUSURDO: JUÍZES DAS COMARCAS DE BELMONTE E PALMEIRINA DENUCIADOS POR PEDOFILIA
Os dois casos foram investigados pela Corregedoria-geral de Justiça, com apoio das polícias civil e militar e do Ministério Público de Pernambuco, e vieram à tona após a divulgação de denúncias anônimas. Em algumas situações, os crimes ficavam escondidos sob o perdão do medo de testemunhas. Após o início das diligências, no entanto, o silêncio foi quebrado. Relatório apresentado pelo corregedor-geral de Justiça, José Fernandes de Lemos, mês passado, revela, por exemplo, indícios de uma possível rede de crimes em São José do Belmonte. Entre os depoimentos colhidos, está o da promotora de justiça Ângela Márcia Freitas da Cruz, que confirmou ter recebido denúncias de populares sobre crimes sexuais. O Diario tentou entrar em contato com ela, mas a promotora respondeu que estava de férias.
No relatório da corregedoria, o juiz Francisco de Assis é apontado como um homem que utilizava crianças atendidas na comarca para serem levadas a tomar "banhos de piscina" na sua casa. Também indica que ele pagava pelo serviço de aliciadores, além de participar de orgias, inclusive com a participação de policiaismilitares e até padres. O documento levanta ainda a suspeita de que ele tenha matado três pessoas por "queima de arquivo", entre eles "João Dentão", pistoleiro que atuava como aliciador. Já o juiz Max Cavalcanti é acusado de fazer sexo com um menino de 10 anos de idade. A empregada doméstica que trabalhava na casa do magistrado é citada como uma das testemunhas do suposto crime.
Segundo o TJPE, Max Cavalcanti já foi processado em julho deste ano e recebeu a punição administrativa de aposentadoria compulsória. O órgão, porém, enviou as peças do processo também ao Ministério Público para que ele responda criminalmente pelas denúncias. Já Francisco de Assis foi afastado temporariamente como medida preventiva para proteger o andamento das investigações. "Estamos construindo as peças para entrar com o processo administrativo disciplinar contra o juiz. Ele também poderá ficar aposentado compulsoriamente e até responder a processo criminal", explicou o presidente interino do TJPE, Bartolomeu Bueno. A reportagem tentou falar com os dois juízes acusados, mas nenhum deles foi achado até o fechamento da edição, às 21h. Para a revista Isto É, o juiz Francisco de Assis disse que as denúncias não são verdadeiras . O juiz Max Cavalcanti disse que "tudo não passa de uma acusação de cunho político".
FONTE: DPNET
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