
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a assessores que o projeto que tributa a caderneta de poupança com a cobrança de Imposto de Renda "perdeu seu tempo político" e que não quer mais enviá-lo ao Congresso.
O governo teme dois possíveis efeitos negativos do projeto: repercussão negativa na véspera do ano eleitoral em criar um imposto de 22,5% sobre poupanças com saldo acima de R$ 50 mil e atrasos na tramitação das propostas sobre o marco regulatório do pré-sal.
Lula admite repensar sua posição apenas se o ministro Guido Mantega (Fazenda) considerar a medida essencial. A própria equipe do ministro, contudo, considera que politicamente a proposta ficou inviável, apesar de tecnicamente ainda ser defendida. A última versão do projeto, por sinal, foi devolvida pela Casa Civil para o Ministério da Fazenda.
Mesmo que a Fazenda avalie a medida como essencial, antes Lula ouvirá novamente os líderes dos partidos da base aliada sobre o assunto. Até aqui, segundo levantamento informal feito pelo governo, nenhum partido quer votar agora uma medida tão impopular -a menos de um ano da eleição.
Fonte: Blog do Noblat