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A verdade inteira

Por Magno Martins

A Justiça condenou o coronel Brilhante Ustra a indenizar a família do jornalista Luís Merlino, pela acusação de tê-lo assassinado por tortura. Decisão corretíssima - e até branda. Abre um precedente dos mais interessantes, permitindo alcançar torturadores notórios e responsabilizá-los, ao menos financeiramente, pelos seus atos.

Mas está faltando a outra parte da história: os presos torturados, com marcas visíveis, quando sobreviviam eram levados a tribunais, onde eram acusados pelo Ministério Público e julgados por magistrados. Mais do que as marcas, informavam ter sido torturados. Cadê os promotores que ignoravam as marcas e as informações e continuavam tranquilos a acusá-los? Cadê as investigações que deveriam ter ordenado para apurar se houve efetivamente tortura e quem a praticou? E os meritíssimos juízes, onde estão? Passarão pela negra história da tortura como quem virou as costas, lavou as mãos, não viu nada?

O presidente da OAB do Rio, Wadih Damous, promete trabalhar para que sejam responsabilizados todos os envolvidos na tortura, por ação ou omissão.

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