Morre, aos 43 anos, o ator Bobby Mergulhão

Por Tales Colatino

Faleceu na madrugada de ontem, aos 43 anos, o ator, cantor e modelo Antônio Carlos Mergulhão Souza, mais conhecido como Bobby Mergulhão, após cair do 20º andar do flat onde morava, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. O velório acontece hoje, a partir das 9h, no Cemitério de Santo Amaro, área central do Recife. O enterro está previsto para as 16h.



Bobby Mergulhão iniciou na carreira artística em 1989, quando encenou o espetáculo infanto-juvenil “O rei Arthur e os cavaleiros da távola redonda”. A fama, porém, veio com a atuação no teatro adulto de humor. Por muitos anos, o ator trabalhou junto à Trupe do Barulho. Com a companhia, realizou cinco espetáculos de sucesso do seu repertório, entre eles, o elogiado “Apareceu a Margarida”, montagem de 2008 sob a direção de José Francisco Filho, e “As criadas... mal criadas”, de 2004, dirigido por Manoel Constantino.

O personagem mais conhecido de Bobby é a irreverente contadora de histórias Dona Verinha, que “nasceu” no espetáculo “As filhas da p…” (2000), da Trupe do Barulho, sob a direção de Jeison Wallace. Viúva e mãe de sete filhos, Verinha passeia pelo universo da mulher nordestina, em sua simplicidade e carisma.

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Para além do trabalho com a Trupe, Bobby contabilizou mais de 50 peças em seu currículo. A última delas foi “Lágrimas de um guarda-chuva”, da REC Produtores Associados, no qual foi dirigido por Antônio Cadengue. Foi também um nome forte na propaganda publicitária, atuando em campanhas por todo Nordeste. Trabalhou como repórter na TV Jornal (PE) e foi um dos fundadores da Nonsense Cia de Atores, voltada para a produção de espetáculos teatrais, cursos, filmes e ações promocionais.

Pela rede social Facebook, amigos e colegas de profissão registraram a saudade deixada pelo artista. “Agora é rezar para que ele encontre a paz. Ficam na memória cenas maravilhosas dele na TV - nos tantos comerciais que fez - e, principalmente, no teatro. Quem pode esquecer a nossa querida Dona Verinha, por exemplo? (…) Ecoam os aplausos para tanto talento!”, escreveu o ator e pesquisador teatral Leidson Ferraz.


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