Robinson, um homem que pregou sobre tolerância e fraternidade
Difícil ler a notícia da morte trágica do bispo anglicano Edward Robinson de Barros Cavalcanti. Um homem que escutei diversas vezes pregar sobre paz, tolerância, equilíbrio. Um homem que, acredito, soube alinhar como poucos política e religião. Um líder cristão que defendia, sem medo, a importância de se estudar a Palavra de Deus com coerência, decifrando o que ela tem a nos revelar nos dias de hoje. Sem qualquer fanatismo, mas longe de adequá-la às nossas necessidades.
Robinson tinha orgulho, sim, de sua caminhada cristã, mas nunca a impôs com autoritarismo. Se dizia distante da teologia fundamentalista e do liberalismo. Se considerava cristão, protestante, evangélico, anglicano. Exatamente nesta ordem. Para ele, a igreja era agente de transformação, uma "Utopia Possível".
Não conhecia Robinson além das portas da igreja. Mas acredito que sua vida e discurso coerente inspiravam a muitos outros, na universidade, na política, na família. Lamento, sobretudo, que o crime tenha sido praticado de forma bárbara por seu filho. Ele, que tantas vezes, pregou sobre a importância da família. Sua trajetória de amor e fraternidade não merecia terminar dessa forma.
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