Por Antero Gomes
Adriene está internada no Hospital Barra D’Or, um dos mais caros da cidade. Segundo amigos da moça, ela seria modelo, sem emprego fixo e não teria plano de saúde. O jogador estaria pagando as despesas de Adriene, atingida no dedo indicador da mão esquerda. À polícia, a jovem contou que Adriano disparou a pistola ponto 40 do segurança dele, um policial militar da reserva. Adriene sofrerá uma cirurgia restauradora amanhã de manhã. A seu favor, o Imperador tem os depoimentos dos outros ocupantes do veículos: eles disseram que o atleta estava realmente sentado no carona.
Segundo o delegado titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), Fernando Reis, a acareação deve ser feita assim que a jovem receber alta no hospital. Ainda na tarde de sábado, a polícia recolheu material das mãos do jogador e da jovem ferida, a fim de verificar se há vestígios de pólvora nas mãos dos dois. Reis explicou que, mesmo que o jogador tenha lavado as mãos, caso ele tenha manuseado a arma e disparado, partículas mínimas de pólvora podem ter ficado nas mãos dele.
Segundo amigos da modelo e funcionários do hospital, que conversaram com ela, Adriene teria brigado com o ex-marido na noite anterior. Ela teria, então, resolvido ir com uma amiga (Viviane) à casa noturna Barra Music, onde conheceu Adriano. na volta, as duas teriam pegado uma carona no carro do jogador. Procurado, Adriano não foi encontrado.
Modelo ia para um hospital público
Sangrando muito, Adriene Cyrilo foi levada para o Hospital Barra D’Or pelo segurança do jogador Adriano, o tenente da reserva da Polícia Militar Júlio César Barros de Oliveira, de 52 anos. Mas, segundo amigos da modelo, o atleta queria que ela fosse atendida no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Por isso, teria oferecido à moça R$ 100.
— Foi a amiga dela, a Viviane, que também estava no carro, quem chiou. Com medo de escândalo, o Adriano mandou, então, que a levasse ao Barra D’Or — disse uma amiga, que conversou com ela neste domingo.
Adriene teria conhecido o jogador dentro da boate. Ela e a amiga estavam num camarote no segundo andar. Adriano e um grupo de amigos e amigas estavam num camarote do terceiro andar. Ao ver as jovens, ele teria chamado as duas para subir. Elas subiram e, na hora de ir embora, pegaram carona com o atleta.
Na Avenida das Américas, na Barra, próximo à casa de Adriano, o grupo (havia ainda duas outras mulheres e o segurança Júlio César, que dirigia o carro) teria começado uma brincadeira com a pistola do policial da reserva. Adriene foi atingida. Adriano teria tirado a própria camisa para tentar estancar o ferimento.
Fotos: Marcos Alves • Pablo Jacob