Fora da realidade

O atacante Diego Tardelli pediu R$ 450 mil mensais para vestir a camisa do Sport, enquanto o volante Marquinhos Paraná queria R$ 180 mil de salário. Acertadamente, a diretoria rubro-negra descartou ambos. Os casos deles – jogadores de qualidade mediana e nada mais – denunciam a preocupante situação do futebol brasileiro, que entrará em colapso financeiro, caso o mercado continue hiperinflacionado nos próximos anos.

Se Tardelli, Marquinhos Paraná e outros atletas exigem salários estratosféricos é porque tem clube por aí que os pagam. Na maioria das vezes, são agremiações geridas por torcedores – e não por dirigentes profissionais –, que deixam o coração falar mais alto do que a razão na hora de contratar. Eles fazem times de folhas milionárias, até ganham alguns títulos, mas quando saem deixam rombos impagáveis para as futuras gestões.

Felizmente, o perfil dos dirigentes pernambucanos vem mudando nos últimos anos. Em vez dos populistas que iam aos microfones dizer que trariam jogadores caros porque confiavam que suas torcidas pagariam a conta, os clubes do Estado passaram às mãos de pessoas mais preocupadas em garantir a saúde financeira de seus departamentos de futebol.

Não é a toa que Sport, Náutico e Santa Cruz enfrentam enorme dificuldade para contratar nestes dias que antecedem o início da preparação para a temporada 2012. Os dirigentes reclamam da falta de bons nomes que se enquadrem na realidade financeira do nosso futebol. Não é só que o dinheiro daqui esteja escasso. Há mais coisas. Os salários aumentaram de uma maneira tal que até os cabeças de bagre custam caro.

A melhor saída para os clubes de Pernambuco é esperar o mercado se acalmar e ver os bons nomes que ainda não se encaixaram. Fatalmente, eles terão que baixar o valor pedido.

Do Blog do Torcedor

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