Por Carolina Barros
A adolescente de 13 anos baleada na coxa, na madrugada deste domingo, durante um baile funk numa quadra no Morro da Lagartixa, em Costa Barros, Zona Norte do Rio, prestou depoimento durante 40 minutos na Divisão de Homicídios (DH). Moradora da comunidade, ela contou que saiu de casa entre 3h e 4h, escondida da mãe. Quando estava no baile, sentiu uma fisgada na coxa e, ao colocar a mão no local, viu sangue. Estava a caminho de casa quando caiu e foi socorrida por moradores da Lagartixa.
Quando o carro deixava a favela a caminho do Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, foi parado por um grupo de pessoas que avisaram que um menino também havia sido ferido e pediram que os moradores também o socorressem. O garoto morreu na unidade.
A menor informou aos agentes que escutou barulhos pouco antes de ser atingida, mas não soube dizer se era fogos ou tiros, porque a música estava muito alta. Ela disse, ainda, que não viu brigas na quadra e negou conhecer o menino baleado.
O delegado Clemente Braune, que está de plantão da DH, disse que não há como fazer uma perícia na quadra onde o baile aconteceu:
- É uma área muito perigosa e também o local já foi desfeito.
De acordo com ele, ninguém soube dizer de onde partiram os tiros. O corpo do menino - que aparenta 11 anos - permanece sem identificação no Carlos Chagas. Ele deve ser transferido ainda neste domingo para o Instituto Médico-Legal (IML).
- O primeiro passo é identificar o garoto, procurar família e amigos, e saber se realmente foi um caso de bala perdida - disse o delegado.