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Médicos não vão atender pacientes de planos de saúde hoje

Da Folha PE

Mesmo tendo acordos paralelos de remuneração com os planos de saúde, algumas especialidades do serviço médico irão aderir à paralisação dos médicos particulares de todo o Brasil, que acontece hoje e está diretamente relacionada ao atendimento via planos de saúde nos consultórios (marcações eletivas). É o caso da Cooperativa dos Anestesiologistas (Coopanest) e alguns postos de centros de diagnósticos, que definem suas participações como solidárias.

De acordo com o presidente da Coopanest-PE, Sérgio Quintas, anestesiologistas que marcaram cirurgias para hoje podem não receber o pagamento pelo serviço, já que o procedimento poderia ser agendado para outra data. A médica especialista em gineco-obstetrícia Isabel Morato, que atende no Hospital Memorial São José, explica que o andar de consultórios da especialidade ficará fechado. “A mobilização está marcada faz tempo. Avisei as minhas pacientes da paralisação hoje, mas vou atendê-las em caso de trabalho de parto ou procedimentos de emergência, é claro”, garante.

Ainda segundo a médica, o posto do laboratório de análises clínicas Gilson Cidrin, instalado no mesmo andar, também não funcionará. A central do laboratório foi procurada pela reportagem e informou que nada foi repassado e as atividades dos laboratórios funcionarão normalmente. Já o centro de Diagnósticos Lucilo Ávila informou que terá todos os seus pontos de atendimento fechados.

O protesto trata da discussão entre as classes de médicos x planos de saúde: a categoria reclama de baixa remuneração. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Sílvio Rodrigues, mesmo com o recente anúncio da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que deve reajustar os preços das mensalidades dos planos, nenhum percentual, por enquanto, será destinado para a classe médica.

“Nada foi informado até agora. Hoje recebemos por consulta um valor de aproximadamente R$ 30, quase o mesmo valor pago há dez anos. Em alguns casos, conseguimos um acordo para receber R$ 50, mas a maioria paga R$ 25. Absolutamente inviável, já que o custo da consulta chega a R$ 23,50”, coloca o presidente. No mesmo período de dez anos, os reajustes nos planos de saúde chegaram a quase 140%.

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