Mataram MC Caveira

Da Folha PE

Moradores de uma comunidade localizada por trás do Estádio José do Rego Maciel, no Arruda, foram surpreendidos com um tiroteio ocorrido na noite da última terça-feira. Por volta das 20h50, Paulo Roberto Lopes Farias, o MC Caveira, de 33 anos, foi alvejado com vários tiros em frente a uma empresa de construção civil, situada na rua Professor José dos Anjos, paralela ao canal que corta o bairro, onde trabalhava como vigilante. De acordo com testemunhas, quatro homens em um Fiat Palio azul escuro se aproximaram da vítima e efetuaram os disparos. Policiais do 13º Batalhão da Polícia Militar (BPM), que realizavam rondas próximo ao local do crime, foram informados pela própria população e se dirigiram para a área.

Alguns minutos depois, os PMs chegaram ao local e encontraram o corpo, constatando o homicídio. "Estávamos realizando o patrulhamento de rotina pela área do Arruda e Hipódromo quando a população nos informou de um tiroteio. Quando chegamos aqui, o rapaz já estava sem vida", contou o cabo Gilvan Gomes, do 13º BPM. De acordo com familiares da vítima que foram até o local após o crime, Paulo residia no bairro do Hipódromo e ganhou o apelido de MC Caveira porque, além de segurança, também era cantor de Hip Hop. "Meu filho era trabalhador. Não tinha envolvimento com nada errado", dizia, muito emocionada, a mãe do rapaz.

A família informou ainda que Paulo deixou oito filhos. As investigações preliminares foram iniciadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), através da Força Tarefa Capital, que enviou equipe até a cena do crime. Para o delegado Felipe Regueira, a falta de informações dificulta o trabalho da polícia neste caso. "Nós temos algumas informações que precisarão ser checadas. Vamos ouvir algumas testemunhas, mas por enquanto o DHPP não tem linha de investigação definida", informou o delegado.

Uma equipe de técnicos do Instituto de Criminalística (IC) também foi enviada para o local e realizou a análise no cadáver. Na cena do crime, era possível observar várias marcas de sangue, inclusive no portão da empresa de construção. De acordo com a perícia, o corpo de Paulo apresentava 11 lesões entre entradas e saídas. "Os disparos foram concentrados na região da cabeça, caracterizando uma execução", relatou o perito Emídio Sá. Além disso, foram recolhidos no local cinco estojos e um projétil de munição calibre 380, que serão analisadas em laboratório. Após os trabalhos do IC e do DHPP, o cadáver foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro. O complemento das investigações deverá ser feito pela Delegacia de Água Fria.

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