Na retomada das aulas, Sintepe cobra reabertura de turmas
O ano letivo nas escolas da rede estadual começa nesta quarta-feira (2) com algumas pendências.
De acordo com o Sintepe, pelo menos 47 unidades do Grande Recife e interior fecharam turmas da noite, do 1º ano do Ensino Médio e do programa Educação para Jovens e Adultos (EJA).
A situação provocou outro desconforto para os professores que, após retornarem de férias, descobriram que não tinham as turmas para dar aulas.
“Muitos professores dessas turmas e também do projeto Travessia, receberam hoje (1°) o aviso de que deveriam ir até as Gerências Regionais de Ensino (GREs) para procurar outra localização”, apontou a vice-presidente do Sintepe, Antonieta Trindade.
No dia 28 de dezembro passado, uma comissão formada por representantes do sindicato se reuniu com a gerente geral de Educação Integral da Secretaria de Educação, Maria do Socorro Rodrigues e com Carla Cavalcanti, da Secretaria de Gestão de Rede, após um ato público contra o fechamento das turmas, realizado em frente à secretaria, no bairro da Várzea.
A Secretaria de Educação (Seduc) negou a decisão de fechar as turmas e assegurou que esse tipo de medida somente é adotada sob consulta da comunidade escolar.
De acordo com o órgão, os gestores das GREs interpretaram equivocadamente o procedimento de matrícula.
Apesar de ter se comprometido em resolver o problema, pais e representantes setoriais do Sintepe denunciaram que os diretores se negaram a matricular alunos nessas turmas.
“A Secretaria prometeu que até o dia 30 de dezembro, as GREs seriam orientadas corretamente quanto à matrícula, mas até agora não tivemos resposta”, alertou Trindade.
A vice-presidente ainda destacou as dificuldades enfrentadas pelos docentes, que podem ter o salário bloqueado caso não consigam a lotação.
“Vários diretores estão desrespeitando o artigo 18 do Estatuto do Magistério e estão devolvendo os professores mais antigos das escolas. Sem contar que há casos onde os contratos temporários estão permanecendo nas unidades em detrimento dos professores efetivos”.
De acordo com o Artigo 18 do Estatuto do Magistério, “O professor desempenhará a sua carga em uma única escola sempre que houver disponibilidade de vaga para disciplina para qual se encontre habilitado”.
DIFICULDADES
Para o Sintepe, o fechamento de classes regulares deixa vários professores sem turmas e, principalmente, favorece o aumento da evasão escolar, já que o turno da noite é o único período disponível para muitos alunos que trabalham e não podem frequentar as escolas de tempo integral (manhã e tarde).
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