Paraibana diz que não sequestrou o filho
A felicidade e o bem-estar do filho estão em primeiro lugar, de acordo com a paraibana Isabela Cabral de Lacerda, 25, denunciada nos Estados Unidos, pelo ex-marido pernambucano Almir Couto Júnior, 45, que a acusa de sequestrar o filho do casal, Arthur Cabral Couto, 3. Ela se defendeu das declarações feitas pelo ex-esposo e explicou à reportagem, por telefone, ontem, o que a levou a voltar com o filho para a casa da mãe, na Paraíba. “A gente não tinha nenhuma estrutura lá. Ele não deu apoio financeiro, nunca pagou pensão do filho ou deu qualquer suporte. A gente vivia lá em sofrimento e sacrifício, longe da família toda. Só quem é mãe pode imaginar o que eu estou passando. Toda a minha família e a dele vivem na Paraíba e em Pernambuco. Ele é o único morando nos Estados Unidos”, justificou.
Isabela alegou que tentou falar com o ex-marido várias vezes e que ele, ao contrário do que declarou, não fez nenhuma ligação para saber como estava o filho. “Saí dos Estados Unidos com o meu filho na sexta-feira (21) e cheguei ao Brasil no sábado de manhã. Não houve nenhum tipo de impedimento ou problema para que eu viajasse com o meu filho. O que eu quero deixar bem claro é que voltei dos Estados Unidos com o meu filho de forma legal. Ele nasceu lá, mas é filho de dois brasileiros. Não existe o que ele disse sobre a Convenção de Haia (que assegura o retorno imediato a crianças ilicitamente transferidas)”, frisou.
Após um ano e seis meses de separação, Almir e Isabela não entraram em acordo e buscam, por meio de advogados, uma forma de conseguir a guarda do filho. Enquanto o pernambucano deseja ter novamente o menino por perto, a ex-mulher diz não pensar em voltar para os Estados Unidos. “Depois disto tudo, eu passei a ter medo de voltar. O que eu queria, na realidade, era que nada disso estivesse acontecendo, porque eu não quero que o meu filho sofra futuramente. Nunca quis ter problemas, mas o foco dele (Almir) é me atingir por não aceitar a separação”, criticou.
A paraibana também disse ter enviado ao ex-marido, por email, o endereço e telefones pelos quais ele poderia obter informações sobre o filho ou até falar ou vê-lo, pela webcam. A informação foi confirmada com a cópia da mensagem, enviada ontem à reportagem por Almir. Segundo ele, o email foi o último contato entre os dois. “Havia uma audiência de mediação marcada para o dia 8 de fevereiro (nos Estados Unidos). Estou tomando as providências necessárias para que o meu filho volte e a Justiça americana resolva com quem ele deve ficar. Ele é cidadão americano, nasceu aqui e não poderia ter sido levado para outro país dessa forma”, salientou, também por telefone.
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