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Apartamentos são evacuados no Cordeiro

Por José Accioly



Dois apartamentos do Edifício Laura Amélia, localizado na rua Gregório Júnior, bairro do Cordeiro, Recife, foram interditados, na manhã de ontem, pela Coordenadoria de Defesa Civil do Recife (Codecir), após técnicos constatarem graves rachaduras. Os imóveis 16 e 26 foram desocupados pelo Corpo de Bombeiros. O problema apareceu ainda na madrugada, quando uma moradora ficou presa em um dos cômodos do apartamento térreo. A parede cedeu e impediu a abertura da porta, que foi desparafusada pelo marido e vizinho de Graceílda Ferreira, 40.

“Era por volta das 5h quando escutei um barulho trincando. Achei até que fosse algo vindo do apartamento de cima. Vi a parede se afastando e minha esposa ficou presa no quarto dos meus filhos. Chamei um vizinho para me ajudar a retirá-la de dentro do quarto”, contou o representante comercial Roberto Xavier Ferreira, 45, morador do apartamento 16. Foi nesse imóvel que os técnicos da Codecir detectaram problemas estruturais. Em um dos cômodos, há uma rachadura de quatro centímetros de abertura. Roberto e Graceílda tiveram que deixar o espaço.

Moradores denunciaram que as rachaduras apareceram há quase três anos. Porém, segundo o representante comercial, há cerca de oito meses, ele mesmo encaminhou um email a Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe), pedindo que técnicos realizassem uma vistoria no edifício e verificasse os problemas. “Eles alegaram que esse trabalho não era da competência da Codecipe. Acabou ficando por isso mesmo”, acrescentou Roberto Xavier.

A Codecir confirmou que, na manhã de ontem, recebeu um fax do órgão estadual com pedido de vistoria no imóvel. O coordenador da Codecipe, coronel Ivan Ramos, confirmou que foi encaminhado o documento a defesa civil municipal.

O aposentado Iltamar Gonçalves Maia, 73, foi outro morador afetado pela interdição. No apartamento 26, que fica na parte superior, moravam ele e outros quatro parentes. O senhor recordou que, na madrugada, ouviu um estalo, mas não acreditava que seria uma rachadura. “Roberto foi até a minha casa pedindo ajuda para retirar a esposa do quarto. Ela estava presa porque a parede cedeu. Só deu tempo mesmo para retirar algumas roupas e documentos. O resto das minhas coisas ainda estão dentro do apartamento”, lamentou.

O edifício é tipo caixão, com 16 apartamentos, divididos em dois andares. Segundo moradores, apenas dez imóveis estão ocupados. Técnicos da Codecir passaram mais de duas horas no local. De acordo com o diretor de Engenharia do órgão, Ronaldo Santos, a decisão de interdição deu-se pelo fato de o prédio ser de alvenaria e as paredes não comportarem mais o peso existente. “Constatamos rachaduras de três a quatro centímetros. Foi isso que levou interdição mais contundente. A construção é parede sobre parede e quando uma das faces atinge sua capacidade máxima, toda a estrutura fica comprometida, como ocorreu”, explicou. A Codecir deu um prazo de três meses para que os responsáveis pela edificação façam reparos em toda a estrutura do edifício.

LIBERADO

A Codecir também vistoriou, ontem pela manhã, o Edifício Ribeiro de Brito, em Boa Viagem. O imóvel foi evacuado às pressas na noite de anteontem, após denúncia de que havia rachaduras. Os técnicos orientaram realizar manutenção no prédio.


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