Do G1 SP
Postagem: Adriano Oliveira
Foto: Paulo Toledo Piza
O diretor de operações do Metrô de São Paulo, Conrado Grava de Souza, afirmou na tarde desta terça-feira (21) que 17 trens foram depredados pelos passageiros durante o problema que deixou inoperante a Linha 3-Vermelha durante a manhã. Segundo Souza, a maioria dos trens avariados teve os vidros quebrados. O diretor afirmou que as composições serão consertadas ainda na tarde desta terça e deverão voltar a circular à noite, durante o horário de pico do Metrô.
A Linha 3-Vermelha ficou inoperante às 7h50 e voltou a operar às 9h15. Por volta das 10h50, o Metrô informou que o serviço já estava completamente normalizado. O problema prejudicou o funcionamento das 18 estações da linha, que vai de Coritinhians-Itaquera, na Zona Leste, até a Palmeiras-Barra Funda, na Zona Oeste. Segundo Souza, uma blusa impediu o fechamento da porta de uma das composições da linha, dando origem ao problema.
Segundo o diretor, ao impedir o fechamento da porta, os passageiros da composição se assustaram, acionaram o dispositivo de abertura de portas e caminharam pela via. Os passageiros do trem que vinham logo atrás também apertaram o botão e seguiram pela via, tendo início um efeito cascata.
Souza participou ao lado do governador de São Paulo, Alberto Goldman, e do prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, da inauguração da Estação Tamanduateí do Metrô e da CPTM, na Mooca, Zona Leste da capital.
O governador disse que o problema na Linha 3-Vermelha será investigado. “A polícia será chamada para investigar se houve alguma motivação. Vamos fazer sindicância para saber se foi acidente ou motivado”, disse Goldman.
“Nos últimos dois meses alguns acontecimentos a nível de Metrô e a nível de CPTM nos preocupam. Queremos saber as motivações”, reiterou o governador.
O governador reafirmou que o problema foi causado por uma blusa que impediu o fechamento das portas de uma composição. Segundo ele, passageiros nos trens que vinham atrás da composição que parou quebraram os vidros dos vagões e seguiram pelo trilho, que é eletrificado. “ [A linha vermelha] parou integralmente por questão de segurança, para que não acontecesse um acidente”, justificou.