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Dinheiro das fantasmas de Efraim era para pagar dívidas


(Por Camila Campanerut) Após quase 12 horas de depoimentos, o diretor da Polícia Legislativa do Senado Federal, Pedro Carvalho, afirmou na noite desta segunda-feira (31) que os salários pagos durante 13 meses a duas funcionárias "fantasmas" do gabinete do senador Efraim Morais (DEM-PB) era utilizado para a quitação de uma dívida das irmãs Kelly e Kelriany Nascimento da Silva com as irmãs Kátia e Mônica da Conceição Bicalho – funcionárias do parlamentar.

As outras duas irmãs negaram a versão de Kelly e Kelriany e voltaram a negar que o senador tivesse conhecimento da contratação irregular delas, que prestavam serviços terceirizados para o escritório jurídico que trabalhava para o democrata.

Segundo o advogado das irmãs Bicalho, Cleber Lopes, Kátia era quem ficava com o cartão da conta salário de Kelly e Kelriany e fazia pessoalmente os pagamentos as duas em dinheiro. Isso porque Kelly e Kelriany teriam assinado uma procuração para que abrissem e movimentassem uma conta no nome delas. As quatro seriam amigas há cerca de 20 anos.

Kelly e Kelriany afirmaram ter recebido uma oferta de R$ 100 por mês, uma espécie "bolsa-educação", após acordo fechado por meio de Kátia Bicalho, irmã de Mônica da Conceição Bicalho, assessora jurídica de Efraim por sete anos.

De acordo com o diretor da PL, outros integrantes da família Bicalho devem ser ouvidos, como o pai, a mãe e o irmão delas e a possibilidade de uma acareação entre as quatro não está descartada. A polícia também deve entrar com o pedido de quebra de sigilo bancário das irmãs Bicalho. O órgão tem o prazo de 30 dias para concluir a investigação, que se encerra no dia 28 de junho, mas pode ser prorrogado. Se for identificado algum envolvimento de Efraim no esquema irregular de contratação, o caso irá para a Corregedoria do Senado.

Outros depoimentos

Além das quatro, a polícia já ouviu um funcionário que trabalhava como contínuo Gilberto Rocha da Mota e teria tomado posse no lugar delas. Mota teria indicado o nome de outra funcionária do gabinete do senador, Rosemary Ferriera Alves de Matos, que “resolveria o problema de ponto” da funcionárias fantasmas e que pedia que ele atuasse como procurador nas nomeações de comissionados que não aparecem pessoalmente para tomar posse.

Além de Rosemary, já prestaram depoimentos os médicos, Felipe Lacerda de Vasconcelos (pediatra) e Caroline Neiva Mendes (cirurgiã) – que foram responsáveis pelos exames de admissão de Kelly e Kelriany.

Vasconcelos é marido da secretária parlamentar Valéria Crysthina Lacerda de Vasconcelos, lotada no gabinete do filho do senador Efraim Morais, o deputado federal Efraim Filho (DEM-PB). O médico teria feito o exame a pedido do pai de Mônica, o ex-motorista do senador Efraim conhecido como “Bicalho”.

Postado por Adriano Oliveira

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