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Dunga libera o "rala e rola" nas folgas da Seleção


(AE) - Maradona está de barba, um pouco grisalha é verdade. Cabelos quase longos. Ainda não embarcou para a África do Sul. Treina a seleção argentina nos arredores de Buenos Aires. Dunga desembarcou ontem em Johannesburgo com o seu time. Cara limpa, cabelos cortados. E sério. Os dois, apesar de personalidades bem distintas, disseram que o sexo está liberado para os jogadores na Copa do Mundo.

O treinador argentino não parou por aí. Prometeu sair pelado pelas ruas do seu país se os seus pupilos conquistarem a taça, no dia 11 de julho, no estádio Soccer City. "Se ganharmos o Mundial, fico nu no Obelisco", disse Dieguito, sem nenhum constrangimento. Compenetrado, Dunga não chega a tanto. "Não prometo nada, só muito trabalho a serviço da Seleção".

Divergentes nas promessas, os dois concordam em pelo menos um tema: sexo. Maradona já mandou avisar que nos dias de folga não haverá restrição aos jogadores do seu time. "Sexo não é problema, problema é se fizer às 2h da manhã com uma garrafa de champanhe", revelou Donato Villani, médico da seleção argentina, do staff da comissão técnica de Maradona. E emendou: "Nos dias de folga, tem jogador que gosta de descansar vendo um jogo na televisão, outro de tomar sorvete, outro de sexo..."

Dunga também liberou geral, mas com ressalvas. "O que é combinado não é caro". Um alerta de que seus jogadores só terão liberdade dentro do que foi acertado com a comissão técnica. O limite é o acordo estabelecido entre comandante e comandados. "Nas folgas, eles ficarão livres para fazer o que acharem melhor. Tem jogador que não gosta de sexo, não gosta de chupar sorvete... Repito, o que foi combinado não é caro". O estilo do treinador brasileiro não cabe no figurino de Maradona.

Dieguito vai levar seis atacantes para a Copa, um arsenal que defende os grandes clubes da Europa. O técnico do Brasil convocou quatro, um que atua no Brasil (Robinho) e três em times europeus intermediários. "Não posso privar nosso futebol com o que temos de melhor, que é a bola no pé", contou o argentino. "A Seleção Brasileira não é feita só de contra-ataques", defendeu-se Dunga.

A expectativa em Johannesburgo é por um show de Maradona nos dias de Copa. Pelo seu jeito descontraído, amante do futebol alegre, o argentino tem tudo para conquistar a simpatia dos sul-africanos. Não é o caso de Dunga. O brasileiro anda mais sério do que nunca. Repete que seu lema é o comprometimento.

Filosofias diferentes à parte, Dunga e Maradona só se encontrarão no caso de Brasil e Argentina se credenciarem para a final do Mundial. Os dois, quando eram jogadores, mediram forças na Copa de 90 na Itália. Vitória de Dieguito. Na condição de treinadores, eles se enfrentaram nas Eliminatórias no ano passado. Vitória acachapante de Dunga. Usando uma gíria bem comum na época deles - anos 80 e no início de 1990 -, Dunga é o careta. Maradona, o maluco.

Postado por Gabriel Diniz

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