Cerca de 60 universitários prestaram queixa na Delegacia de Repressão ao Estelionato na última semana, onde foi confeccionado o Boletim de Ocorrência 10EO32900131-1. De acordo com uma das alunas lesadas, uma estudante de 21 anos, o acusado fazia parte da comissão de formatura, sendo um dos tesoureiros. “Ele tinha acesso ao cartão e a senha da conta onde eram depositados os pagamentos. Num dos meses, ele chegou a sacar cerca de R$ 8 mil”, contou a jovem. Cada estudante depositava, por mês, quantias entre R$ 60 a 97.
O que mais revoltou os alunos lesados foi o fato do aluno acusado ainda frequentar as aulas, mesmo tendo revelado o golpe. “Numa reunião em 19 de março, ele e o pai confessaram o roubo e disseram que quitariam o débito. A turma deu um prazo e o pai confirmou que venderia um imóvel da família em Gravatá, avaliada em R$ 200 mil, mas até agora não houve movimento”, revelou outra estudante, de 27 anos.
O titular da Delegacia de Repressão ao Estelionato, delegado Rômulo Aires, disse que estão agendadas ouvidas de alunos na próxima semana e adiantou que o acusado deverá ser indiciado, podendo responder pelo crime de estelionato ou apropriação indébita. A faculdade informou, por nota que não vai se pronunciar enquanto o caso estiver sendo apurado e que a instituição não participa de comissões de formatura.
Por José Accioly