
Os dois rapazes são primos da vítima. O carro onde o cadáver foi encontrado é de João Bosco, bem como a arma utilizada. Crime passional e suicídio são algumas diretrizes apontadas pela Polícia Civil nas investigações. O grupo foi preso por ocultação de cadáver. Para o policial militar acresceu, ainda, o porte ilegal de arma. Nove pessoas já foram ouvidas. Entre elas, familiares das pessoas presas e funcionárias do estabelecimento. “Os depoimentos estão acrescentando bastante nas investigações, mas tudo só será revelado na segunda-feira, com a conclusão do inquérito”, disse a delegada Gleide Ângelo.
A delegada compareceu ontem à tarde ao Fórum de Olinda para conversar com a juíza. A magistrada contou que aproveitou a visita para questionar sobre o andamento do inquérito. “Conversamos sobre as dificuldades que o inquérito tem de seguir adiante, já que as perícias, essenciais para sua conclusão, ainda não foram entregues à polícia”, destacou Maria Segunda.
O IC informou que só pode concluir os laudos após o relatório do IML. Foram coletadas substâncias para o exame toxicológico e sexológico. Os peritos realizaram a análise do local, apesar de totalmente violado pelo grupo. A arma utilizada tem registro, mas em nome de um policial civil morto. O soldado não tem autorização para portar arma fora do expediente. “Esse não foi o motivo para a ocultação. O que motivou foi o fato do grupo estar em um motel. Ele (João Bosco) não queria que a família soubesse que estiveram lá”, disse o advogado Vadilson Gomes, que defende o PM.
Por Bárbara Franco
Foto: Orkut pessoal da vítima