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CASO JENNIFER: POLÍCIA FAZ RECONSTITUIÇÃO


O que para a alemã Jennifer Marion Nadja Kloker, de 22 anos, seria uma inocente parada para que a sogra dela, Delma Freire de Medeiros, 48, tentasse urinar foram os dois últimos minutos de vida da jovem, que foi puxada pelos cabelos, jogada no matagal e executada com três tiros, sendo dois deles fatais. O autor confesso dos disparos, o vigilante desempregado Alexsandro Neves dos Santos, 35, afirmou que recebeu das mãos de Delma Freire o revólver calibre 38 utilizado no crime, momentos antes de entrar no Gol prateado de placa KKH 5604, em uma primeira parada feita na entrada do Curado IV, onde esperava debaixo de um toldo, como combinado. Alexsandro, o companheiro da alemã, Pablo Tonelli, 22, e o pai adotivo dele, Ferdinando Tonelli, 45, retornaram, ontem, à cena do crime, onde apontaram onde e como tudo aconteceu. A sogra da alemã, que é considerada a mentora do assassinato, foi a única dos suspeitos de envolvimento no crime que não participou da nova simulação, já que ela continua afirmando que Jennifer foi vítima de um latrocínio.

O vigilante afirmou ter ordenado que Jennifer saísse do Gol prateado de placa KKH 5604, abrindo a porta do veículo, de onde a alemã saiu assustada, ainda sem entender o que estava acontecendo. "Ela chama por Pablo, que começa a andar rapidamente, e consegue chegar perto dele falando alguma coisa, mas eu a alcanço, puxando pelo cabelo e empurrando ali, onde ela caiu quase de cabeça para baixo. Ferdinando estava bem mais a frente com Delma, que estava com a criança no colo", detalhou Alexsandro, por volta das 00h15 desta quinta-feira, quando era realizada uma nova reprodução simulada do assassinato de Jennifer. Ele contou que, depois que caiu, a alemã chegou a levantar a cabeça para se levantar, mas não teve chances de reação. "Aí eu saquei a arma e, antes que ela levantasse, efetuei os disparos", disse.

Poucos instantes após os disparos, Alexsandro ouviu de Delma que "sujou, depois a gente acerta o resto". O susto ocorreu porque, logo após o crime, Pablo parou um caminhoneiro que passava pelo local, afirmando ter sido vítima de um assalto, onde levaram a sua esposa. Depois disto, o atirador, que estava com a arma, disse que puxou o carro, destravou e saiu dirigindo, sempre com a mão aberta para não deixar as impressões digitais. O tempo medido pelos peritos do Instituto de Criminalísta (IC) que acompanhavam a reconstituição foi semelhante aos dois minutos apontados no GPS, o que acabou com as dúvidas de que o tempo não teria sido o suficiente para que ocorresse o crime.

A Reconstituição teve uma duração de aproximadamente uma hora, indo da primeira parada no Curado IV até o momento em que Alexsandro deixou o quilômetro 97 da BR-408, onde Jennifer foi encontrada morta, se desfazendo da arma e abandonando o veículo alugado em uma rua localizada atrás da delegacia de São Lourenço da Mata. De acordo com o gestor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Joselito Kehrle do Amaral, Pablo e Ferdinando afirmaram ter apertado a mão de Alexsandro, o que explica os resquícios de chumbo detectados no exame residuográfico.

Além do gestor do DHPP e dos delegados Gleide Ângelo e Alfredo Jorge, que estão a frente do caso, outros 13 policiais civis participaram da reconstituição. O trabalho dos cinco peritos do IC que coordenaram a simulação foi acompanhado pelo gestor do IC, Roberto Nunes. Quatro policiais militares e outros quatro policiais rodoviários federais também acompanharam o procedimento. O veículo utilizado durante a simulação foi um Siena do DHPP, onde Pablo estava sentado no banco do motorista. Ao lado dele, uma agente do departamento especializado fazia o papel de Jennifer. Delma Freire era representada pela delegada Gleide, sentada atras de Pablo, enquanto Ferdinando ficou localizado atrás do banco do carona.

Por Priscilla Aguiar

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