Header Ads

test

CASO ISABELLA NARDONI: PARA PERITA, PAI ATIROU GAROTA PELA JANELA


O mais longo depoimento do julgamento do caso Isabella terminou sem que a defesa conseguisse seu objetivo de desmontar a principal prova da acusação: a perícia técnica que pôs Alexandre Nardoni na cena do crime. O embate entre a perita Rosângela Monteiro e a equipe do criminalista Roberto Podval dominou a primeira parte do terceiro dia do júri e a testemunha não teve dúvida ao afirmar: “Alexandre Nardoni defenestrou a vítima”. Defenestrar, segundo o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, significa “atirar (alguém ou algo) pela janela”.

A quinta e última testemunha da acusação surpreendeu a assistente técnica de Podval, Roselle Soglio. A primeira vez ocorreu quando Roselle questionou como Rosângela sabia que uma fralda com sangue examinada pela perícia estava num balde com amaciante. “Pelo forte odor de amaciante, aquele azulzinho que eu não preciso dizer o nome”, disse a perita.

“Havia dezenas de roupas sujas pelo apartamento, a máquina de lavar estava vazia, então a fralda no balde chamou a atenção, pois estava fora de contexto”, completou. De acordo com a perita, a fralda tinha duas ou três manchas acastanhadas que, a partir de exame, comprovou-se serem de sangue humano. “A fralda foi usada dobrada para tamponar um sangramento. É possível concluir isso pelo desenho da mancha na fralda”, disse a testemunha.

A perita explicou que era impossível para alguém experiente como ela confundir o resultado do reagente Bluestar, que mostrou a existência de vestígios de sangue no apartamento do casal, com manchas deixadas por nabos, cenouras e detergentes “O sangue deixa (mancha) mais forte que esses materiais”, afirmou.

Por fim, Roselle perguntou como a perita pôde usar o reagente químico para identificar sangue se o Instituto de Criminalística de São Paulo nunca comprou o produto. Rosângela explicou que pagava por ele do próprio bolso. “A senhora recebeu esse reagente quando fez o curso (de perícia criminal) comigo”, disse à assistente. Roselle respondeu com a face ruborizada: “Eu não recebi”. “Mas outras pessoas receberam”, afirmou Rosângela. A perita ainda ressaltou que as marcas de poeira na camisa de Alexandre só podem ter sido causadas pela pressão de seu corpo contra a tela que protegia a janela por onde o corpo de Isabella foi jogado.

A perita começou a ser ouvida às 10h30 e só terminou às 16h42, tendo apenas um intervalo de uma hora. Durante as explicações, ela mostrou fotos dos objetos a que se referia. Já imagens dos testes com a tela de proteção foram mostradas em um telão. Alexandre Nardoni esticou-se para ver a apresentação. Já Anna Carolina Jatobá, sentada ao lado de Alexandre, permaneceu a maior parte do tempo recostada na cadeira. Quando Rosângela afirmou que as marcas na camisa de Alexandre só poderiam ter sido causadas por alguém que tivesse inclinado para jogar a menina, Anna Jatobá encarou a perita.

Fonte: A.E.

Nenhum comentário

Comente esta matéria