As torcidas organizadas, o demônio e o sofá
Por Jethro Junior*
Que existem atos de violência dentro (poucos) e no entorno dos estádios de futebol isso é fato.
A questão a se estabelecer é de quem é a responsabilidade. Estabelece a Constituição Federal, em seu art. 144, § 5º, que “às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública”.
Logo, penso, à PM – e somente a ela - incumbe evitar que tais atos de violência ocorram.
Mas essa instituição (PM) tem se mostrado incompetente (no sentido popular da palavra) para a missão. O Estado, que é detentor do aparelho preventivo/repressor, assim, é o 1º a quem se deve cobrar explicações pela não preservação da ordem pública. Por não prevenir esses atos de vandalismo.
Mas o Estado é “forte”, manipula as pessoas e – o maior anunciante de todos -, manipula também a mídia.
Assim, optou-se por encontrar outro(s) culpado(s) pela “incompetência” (novamente no sentido popular da palavra) do Estado.
Escolheram as chamadas torcidas organizadas. Foram demonizadas.
Praticamente todas elas são pessoas jurídicas legalmente registradas como associações, da mesma forma que os próprios clubes de futebol. Portanto, se ninguém ousa ‘acusar’ uma agremiação futebolística pela violência, é um despropósito acusar as ‘organizadas’ por qualquer ato de violência, nos estádios ou seu entorno, vez que a pessoa jurídica não pratica crime.
Evidentemente, se qualquer pessoa, torcedor ou não, membro de torcida organizada ou não, cometer crime, deve ser pessoalmente identificado, e sofrer as penalidades da lei, nem benevolentemente, nem rigorosamente. Apenas nos exatos limites da lei.
Mas daí a querer punir as “associações” pelos atos pessoais de algum de seus membros, desculpem-me, acho uma imoralidade.
Impedir ‘torcidas’ de entrar nos estádios é inócuo. O torcedor vai vestido com roupa de outra cor, sem identificação. Essas decisões de ‘barrar’ as torcidas são apenas ‘para inglês ver’, são meramente midiáticas, para que as pessoas pensem que o Estado está fazendo tudo que está ao seu alcance.
* Jethro Junior é Advogado.
Que existem atos de violência dentro (poucos) e no entorno dos estádios de futebol isso é fato.
A questão a se estabelecer é de quem é a responsabilidade. Estabelece a Constituição Federal, em seu art. 144, § 5º, que “às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública”.
Logo, penso, à PM – e somente a ela - incumbe evitar que tais atos de violência ocorram.
Mas essa instituição (PM) tem se mostrado incompetente (no sentido popular da palavra) para a missão. O Estado, que é detentor do aparelho preventivo/repressor, assim, é o 1º a quem se deve cobrar explicações pela não preservação da ordem pública. Por não prevenir esses atos de vandalismo.
Mas o Estado é “forte”, manipula as pessoas e – o maior anunciante de todos -, manipula também a mídia.
Assim, optou-se por encontrar outro(s) culpado(s) pela “incompetência” (novamente no sentido popular da palavra) do Estado.
Escolheram as chamadas torcidas organizadas. Foram demonizadas.
Praticamente todas elas são pessoas jurídicas legalmente registradas como associações, da mesma forma que os próprios clubes de futebol. Portanto, se ninguém ousa ‘acusar’ uma agremiação futebolística pela violência, é um despropósito acusar as ‘organizadas’ por qualquer ato de violência, nos estádios ou seu entorno, vez que a pessoa jurídica não pratica crime.
Evidentemente, se qualquer pessoa, torcedor ou não, membro de torcida organizada ou não, cometer crime, deve ser pessoalmente identificado, e sofrer as penalidades da lei, nem benevolentemente, nem rigorosamente. Apenas nos exatos limites da lei.
Mas daí a querer punir as “associações” pelos atos pessoais de algum de seus membros, desculpem-me, acho uma imoralidade.
Impedir ‘torcidas’ de entrar nos estádios é inócuo. O torcedor vai vestido com roupa de outra cor, sem identificação. Essas decisões de ‘barrar’ as torcidas são apenas ‘para inglês ver’, são meramente midiáticas, para que as pessoas pensem que o Estado está fazendo tudo que está ao seu alcance.
* Jethro Junior é Advogado.
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