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Miracapillo diz que sempre perdoou quem o expulsou, inclusive Severino Cavalcanti. Mas prefere não encontrá-lo



Por Hélder Lopes


"Quando Pedro Eurico e eu saímos do interrogatório na polícia federal aqui no Recife eu disse para o capitão que me interrogou: 'não tenho nada contra sua pessoa nem conservo magoas de ninguém', porque acho que o problema não era de relacionamento pessoal, era de regime. É claro que algumas pessoas influíram nisso também, mas acho que o problema não era com a pessoa, mas era com o sistema legal da ditadura", explicou o Padre Vito Miracapillo recordando o dia em que decidiram por sua expulsão em 1980.

Por falar em "pessoas que influíram" na sua saída, o Padre lembrou do então deputado estadual e militante da causa contrária a sua, Severino Cavalcanti, atualmente prefeito de João Alfredo com o apoio do governador socialista Eduardo Campos.

"Ele (Severino Cavalcanti) sempre nesse período, eu soube, que continuava falando contra mim como um padre subversivo. A gente nunca se encontrou, quando voltei em 93 e fomos à Assembleia Legislativa ele não participou também. Mas já naquele tempo os jornais falaram que poderíamos nos encontrar. Mas ele não foi, para mim não havia nenhum problema em encontrá-lo e apertar a mão. É porque sou padre, mas não só, sou pessoa humana. A fragilidade humana é de se entender, não tenho nem guardo rancores de ninguém."

Apesar de garantir que não guarda rancores, questionado por jornalistas sobre o que faria ao encontrá-lo, sincero, Miracapillo disparou:

"Não entendo que é bom se encontrar e, depois, vamos ver um pouquinho o que mudou nas opiniões"

E foi completado por seu advogado, Pedro Eurico:

"Severino talvez seja hoje um socialista!"

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