Após denúncia de estupro, agências de mergulho começam a ser fiscalizadas
O cerco às agências de mergulho que funcionam sem credenciamento na Praia de Porto de Galinhas, no Litoral Sul do estado, será fechado a partir de hoje. Profissionais da Secretaria de Segurança Cidadã de Ipojuca vão fiscalizar os estabelecimentos, exigindo a documentação atualizada com base nas normas técnicas e o certificado de qualificação de todos os instrutores. Se for constatado que a agência não tem alvará de funcionamento ou apresente qualquer irregularidade, a mesma será interditada e os equipamentos apreendidos. A operação acontece até a próxima sexta-feira.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que o Diario denunciou um suposto caso de abuso sexual praticado por um instrutor de mergulho contra uma estudante universitária de 19 anos. Ela teve a parte de cima do biquíni puxada e um dos seios tocado dentro d’água, na última quinta-feira. O suspeito prestou depoimento ontem, mas negou as acusações.
“Temos conhecimento de que há operadoras de mergulho clandestinas agindo na praia. Pelo menos cinco. A Ocean Dive também está sendo investigada. A operação pretende fechar todas as empresas sem alvará”, afirmou o secretário de Segurança Cidadã, Alexandre Carvalho. A Prefeitura de Ipojuca já havia dado prazo até o último dia 15 para que as agências apresentassem toda a documentação exigida com base nas novas normas técnicas. “Elas estão cientes de que se não apresentarem alvará, terão os locais lacrados e os materiais apreendidos. Vamos combater as irregularidades”, disse o secretário responsável pelo Litoral de Ipojuca, Othon Bezerra de Araújo.
Inquérito
Está previsto para hoje o depoimento do proprietário da Ocean Dive, Lauro Rodrigues, ao delegado Paulo Rameh, titular de Porto de Galinhas. “O instrutor de mergulho suspeito negou as acusações. Vou ouvir o proprietário e aguardar o laudo do Instituto de Criminalística sobre as fotos de partes íntimas de uma mulher encontradas no computador da agência na segunda-feira passada”, explicou o delegado. Se comprovado o crime, o rapaz será indiciado por estupro, como prevê o Código Penal.
“Minha filha ainda está assustada com o episódio. Temos que denunciar o caso para que outras mulheres não sejam vítimas desses homens ”, disse a mãe da universitária. De acordo com Paulo Rameh, é a primeira vez que um caso desse gênero é registrado pela delegacia.
SAIBA MAIS
Principais irregularidades nas agências
Do Diario de Pernambuco
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