CBF e FPF anulam partida entre Santa Cruz e São Paulo

Calma tricolor pernambucano, a notícia é para comemorar, hoje, o Dia da Mentira

Após uma decisão do juiz do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o jogo do Santa Cruz e São Paulo, realizado anteontem, foi anulado e as duas partidas pela Copa do Brasil serão realizadas em São Paulo. A decisão foi tomada na tarde de ontem, mas é apenas uma brincadeira para “pegar” os tricolores pernambucanos que não estão lembrados que hoje é o Dia da Mentira.

A mentira certamente existe desde que o mundo é mundo. No entanto, o Dia da Mentira, segundo a história, surgiu na França, no século XVI, quando o ano novo não foi comemorado numa nova data, 25 de abril, e pela demora de passar a informação da mudança de data do Ano Novo, os festejos só terminariam em 1º de abril.

Hoje é o dia em que muita gente está preparada para pregar peças e mentiras no amigos, ouvir e cair nas mentiras. Para alguns, ser enganado pelo mentiroso ou ser o próprio autor da mentira, não é nada que precise de dia marcado. Mentirosos estão espalhados por todos os cantos e suas mentiras, claro, rodam o mundo e superam gerações.

Quem nunca ouviu falar das histórias de pescador? Na Colônia de Pescadores de Brasília Teimosa, no bairro do Pina, Recife, não há somente histórias mirabolantes com peixes grandes sendo protagonistas. É famoso o passarinho que come um pacote de macarrão por dia e só faz dar prejuízo ao pescador aposentado, Rosoélio Pereira de Paula, 64, conhecido como Carpinteiro.

“Peguei um passarinho para criar, mas fui fui obrigado a vender o bicho que só me dava prejuízo. Comer um pacote de macarrão é demais, não dá não”, contou Carpinteiro, que é apontado pelos outros pescadores como o maior contador de estórias do local.

O presidente da Colônia, Augusto Lima, 64, que também tem uma fama de contador de estórias, disse que existe uma história em que Carpinteiro garante ser verdade, porém, poucos são os que acreditam. “Ele diz que um dia chegou no mar, às 8h, e viu um peixe passando ao lado do barco. O grupo que estava com ele fez almoço, passou a manhã inteira, e somente às 14h, de tão grande que era o peixe, a cauda passou. Todo mundo já cansou de ouvir essa mentira dele”, disse Augusto Lima.

Carpinteiro, “o mentiroso”, se defendeu. “Mentira ruim é aquela que prejudica. Os pescadores de hoje não têm mais esse negócio de mentir porque ninguém acredita. Quem vai acreditar que existe um peixe com um crucifixo na cabeça? Só quem vê mesmo”, contou.

Outro “mentiroso” famoso é o taxista João Inácio, conhecido como Dandão, que espera o passageiro enquanto joga dominó com seus amigos todos os dias na praça de Sítio Grande, na avenida Norte. Ele é apontado por unanimidade por todos os colegas de jogo.

“Quase sempre ele chega

a­qui falando quem alguém morreu, do enterro. Depois a gente descobre que é mentira. Ele men­te sempre e tudo o que não presta ele inventa para ‘tirar onda’”, contou o vizinho de João Inácio, José Carlos da Silva, 55. Dandão defende-se dizendo que “aumenta, mas não inventa”.

Por Lis Veras