PC fecha cinco laboratórios de mídias

Por PRISCILLA AGUIAR

FORAM apreendidos 13 mil DVDs piratas, computadores, gravadoras e impressoras A maior apreensão de produtos piratas feita pela Polícia Civil este ano foi registrada ontem, pela Delegacia de Combate à Pirataria, durante uma operação realizada no Recife e Região Metropolitana do Recife (RMR). Cinco laboratórios de mídias falsas foram fechados e seis pessoas foram presas durante a Operação Tortuga, que ganhou esse nome em alusão à ilha do Caribe onde os piratas reuniam-se para organizar atividades criminosas. Foram apreendidos 13.200 DVDs piratas de títulos como “Salt”, “Os Perdedores” e “A Rede Social”, que este ano levou três estatuetas no Oscar e venceu quatro prêmios no Globo de Ouro. Também foram recolhidos 25 computadores, 198 gravadoras e 12 impressoras, que eram utilizadas para produzir as mídias. De acordo com o delegado Tiago Cardoso, com essas torres podiam ser produzidas diariamente 11.880 mil mídias piratas. “Isso juntando todas as gravadoras apreendidas e levando em conta que cada gravadora em uma hora grava seis DVDs”, observou. A operação teve início por volta das 18h de anteontem, nos laboratórios dos bairros do Arruda e Caxangá, no Recife. Silvana Maria de Souza, de 18 anos, e Adriano José Simões da Silva, 22, foram os primeiros a serem detidos. Junto com eles foram apreendidos seis computadores, 49 gravadores, três impressoras e três mil DVDs piratas. Fábio Pedro da Silva, 27, foi a terceiro a ser preso. Segundo a polícia, ele era o responsável pelo laboratório da Caxangá, onde foram apreendidos oito computadores, 66 gravadoras, quatro impressoras e 3.600 mil DVDs. Os outros laboratórios funcionavam em São Lourenço da Mata, Jardim São Paulo e Jaboatão dos Guararapes, onde foram detidos Elton Carlos Lima da Silva, 24, Marcos João dos Santos, 29, e Saulo de Azevedo Silva, 31, e apreendidos outros 11 computadores, 83 gravadoras e 6.600 mil DVDs. “As investigações começaram em janeiro com informações colhidas em feiras e comércio informal. Trabalhamos com foco naqueles que estão produzindo esse material e obtendo lucro”, destacou o delegado Tiago Cardoso. As seis pessoas detidas foram autuadas em flagrante pelo crime de violação de direito autoral, com pena prevista de dois a quatro anos de reclusão. O delegado salientou que, para este crime, não cabe fiança. Os cinco homens prestaram depoimento e, após o flagrante, foram encaminhados para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima. Silvana Maria foi levada para a Colônia Penal Feminina do Recife onde permanecerá à disposição da Justiça. O material fabricado nos cinco laboratórios clandestinos, segundo Tiago Cardoso, era vendido em feiras e tabuleiros em bairros como Cavaleiro, Arruda, São Lourenço da Mata e Jaboatão dos Guararapes, além do Centro do Recife. “Identificando os fabricantes podemos tirar de circulação definitivamente o material distribuído por eles”, finalizou o delegado.