Fluminense: Medalha do título brasileiro era vendida na internet
A medalha de campeão brasileiro de 2010 que era para estar no peito do técnico Muricy Ramalho parou numa acanhada sala no bairro da Penha, Zona Norte do Rio, que funciona como comércio de raridades esportivas. Ficou à venda na internet, no site Mercado Livre, até ontem. Segundo o vendedor conhecido como Paulo, ela foi desviada por um funcionário da CBF.
O Jogo Extra adquiriu a medalha para investigar a autenticidade da mesma. Com uma original em mãos, cedida por um membro do clube, é impossível notar qualquer diferença. Elas são idênticas.
— Tenho um conhecido que trabalha na CBF. Ele vira e mexe consegue arrumar algumas coisas para vender aqui — contou o vendedor, sem saber que estava sendo gravado: — Antes dele, eu tinha um amigo que também me passava os objetos, mas ele já saiu da entidade.
Vendida a R$ 1.500
O preço pedido no Mercado Livre era R$ 1.499,99, na conta do Colecionismo F.C., também encontrada no orkut, onde há fotos de todos os artigos vendidos. Na quinta-feira, dia 30 de dezembro de 2010, o Jogo Extra foi até o local para conferir e negociar a compra da medalha. Na pequena sala, com inúmeras camisas, uma estante com réplicas de troféus e medalhas de outros times, além de artigos da seleção brasileira, maioria nos objetos à venda, a barganha começou. O valor pedido é estipulado pelo funcionário da CBF citado por Paulo.
— Ele não vende por menos que isso (R$ 1.500,00). Isso é uma coisa que é única. De jogador que ganha é difícil pegar deles depois — disse Paulo, que além da medalha vende, pelo mesmo valor, uma camisa do Flu de 80, do título carioca.
Procurado pelo Jogo Extra, o assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, disse desconhecer qualquer desvio. Certo mesmo é que o técnico mais vitorioso da história dos Brasileiros na era dos pontos corridos não recebeu a sua na festa de premiação Craque do Brasileirão, realizada no dia 6 de dezembro, no Theatro Municipal.
Fluminense: Medalha do título brasileiro era vendida na internet
**Colaboraram
Edgard Maciel de Sá e Fernando Torres
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