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Caso Alcides Lins: Jovem preso muda depoimento

Por Alexandre Ferreira
Postagem Gabriel Diniz

A primeira audiência do processo de homicídio do universitário Alcides do Nascimento Lins, que aconteceu na tarde de ontem no Fórum Rodolfo Aureliano, em Joana Bezerra, foi marcada por uma reviravolta no depoimento do adolescente de 16 anos, apontado como co-autor do crime, que poderá mudar o desfecho do caso. O adolescente, que está detido na Funase, deu duas versões para o crime durante a sua ouvida e, em ambas, negou o envolvimento do principal acusado, João Guilherme da Costa, 28, o Guigo.

Inicialmente, o adolescente negou qualquer envolvimento com o homicídio, ocorrido no último dia 6 de fevereiro. Disse que soube, posteriormente, que quem havia assassinado Alcides seria uma pessoa conhecida como Branco. “Foi um amigo que me falou”, alegou. Minutos depois, solicitou uma conversa em particular com o Defensor Público, Francisco Nunes, e voltou à sala informando que havia participado do crime, mas ao lado do Branco e não de Guilherme. As duas versões contrariaram o depoimento que o rapaz prestou na Vara da Infância e da Juventude, no início do ano, quando confessou a sua participação e a de Guigo. Ontem, o menor disse que acusou Guigo porque ele não o chamou para participar de um assalto a banco.

“O Branco pediu para eu falar que foi outra pessoa e eu disse que foi ele”, afirmou. Mas o rapaz não deu informações sobre quem seria Branco, dizendo apenas que ele era de Camaragibe. Ao ser perguntado sobre as características físicas de Branco, ele acabou cometendo um ato falho e deu as mesmas características de Guigo.

Mas, durante a audiência, a família de Alcides voltou a reconhecer o menor e Guigo por fotos como sendo os autores do crime. A mãe de Alcides, Maria Luiza Lins, e suas três filhas, prestaram depoimentos isolados e contaram com detalhes como Guigo e o adolescente arrombaram a porta da casa e mataram Alcides. “Quando fui na delegacia, me mostraram fotos e eu reconheci o Guilherme imediatamente”, comentou uma das filhas.

Diante da nova versão para o crime, a promotora Geovana Belfort convocou a ouvida de duas testemunhas apontadas pela família, que deverá ocorrer até o final do ano. “Ficou claro que ele quer livrar Guilherme, mas já temos indícios suficientes da autoria do crime para que Guilherme seja levado a julgamento”, destacou.

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