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Morre mais um sobrevivente da Tragédia da Hemodiálise


Da Folha PE
Postagem Gabriel Diniz


Tereza Maria Pontes da Silva, de 52 anos, foi enterrada anteontem, em Belo Jardim, após passar mais de dez dias internada no Hospital Memorial Jaboatão dos Guararapes. Ela fazia parte de um grupo de 13 famílias que serão as primeiras a serem indenizadas pela Tragédia da Hemodiálise, ocorrida há 14 anos, em Caruaru, quando 142 pacientes foram contaminados por uma toxina no Instituto de Doenças Renais (IDR).

A justiça bloqueou, este mês, verbas que o Instituto recebia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para clínicas que funcionam em Arcoverde e Petrolina. A notícia foi recebida com alegria pelos familiares e sobreviventes do episódio, já que co­mo não há mais bens em nome dos proprietários do IDR o pagamento das indenizações ainda não foi realizado.

Segundo o juiz de Direito Tadeu Passos, da 2ª Vara Cível de Caruaru, a advogada desse grupo de famílias descobriu os repasses e informou ao magistrado, que solicitou o bloqueio. “Eu fiz o bloqueio dos valores solicitados por ela (a advogada) e dei um prazo de 15 dias para defesa dos processos. O primeiro já se esgotou, mas há um prazo aberto até o dia 04 de outubro”, afirmou Tadeu Passos, que deve marcar uma audiência de conciliação para novembro, caso tudo ocorra dentro do prazo. “Nessa audiência, vamos tentar chegar a um acordo quanto aos valores a serem pagos a essas famílias”, completou o magistrado.

De acordo com a advogada Maria Conceição de França Bezerra, que defende as 13 famílias, a maioria das vítimas já faleceu por conta das complicações causadas pela toxina e, por isso, os familiares foram habilitados para receberem as indenizações. “Das 13 vítimas que eu defendo, apenas uma paciente está viva”, enfatizou a advogada. As indenizações giram em torno dos 90 salários mínimos, ou seja, cerca de R$ 60 mil, já acrescidas das correções por conta do longo período de espera, variando caso a caso.

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