Antigo Colégio Marista relegado ao abandono

Do JC
Inaugurada em 2006, a loja dispõe de uma área de 15 mil metros quadrados. Mas sobrou uma parte do imóvel original, que ainda conserva o nome do estabelecimento de ensino na fachada desbotada. É exatamente nesse casarão onde mora o problema. Sem limpeza e manutenção, o mato cresceu e começa a se enroscar no gradil do muro. Em alguns trechos do quintal, a florestinha ultrapassa 1,5 metro de altura, salpicada de flores miúdas vermelha, amarela e branca.
Insetos e lagartixas são vistos circulando de um lado para o outro do terreno, no lixo amontoado logo no portão do casarão, rente com a calçada. Pelo tipo de material descartado, é fácil descobrir a origem do lixo. “São coisas que os pedestres sacodem pelo gradil, porque não tem lixeira nas proximidades. Explica, mas não justifica”, diz a estudante Sandra Florêncio, 19 anos. Há jornal, copos descartáveis, embalagens vazias de pipoca, biscoito, margarina, leite condensado, refrigerante e água mineral, restos de roupa, panfletos e plásticos.
“Isso é muito errado, a Conde da Boa Vista é um cartão-postal do Recife, não entendo como um empresário deixa esse mato crescer na avenida. Além disso, a prefeitura devia proibir a distribuição de panfleto nas ruas, parte do lixo são esses papéis”, diz Eli Fernandes da Silva. “É um absurdo, esse prédio é um patrimônio da cidade, tenho dois sobrinhos que estudaram no Marista. A prefeitura devia cobrar a limpeza. Vejo o mato crescendo a cada dia”, acrescenta Célia Casado.
O proprietário não quis conversar sobre o assunto com o Jornal do Commercio. Alertado pelo jornal, o diretor de Limpeza Urbana do Recife, Paulo Padilha, enviou fiscais ao local na tarde de ontem e notificou o responsável pelo prédio, que tem prazo de sete dias para providenciar a limpeza. Se ele não cortar o mato e não remover o lixo espontaneamente, o município fará o serviço e aplicará multa. “Além disso, ele terá de ressarcir o valor gasto pela prefeitura na limpeza”, diz Padilha.
De acordo com Paulo Padilha, a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) prefere agir de forma preventiva. “Nós pedimos aos proprietários para eles providenciarem a remoção dos entulhos e normalmente eles fazem. Até porque, não teríamos condições de absorver a limpeza de terrenos particulares. São poucos os casos em que a prefeitura precisa intervir com a execução do serviço”, afirma.
Postada por Gabriel Diniz
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