Eduardo Campos com mais um apoio tucano
Em meio ao mal-estar entre os senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Sérgio Guerra (PSDB), o governador-candidato Eduardo Campos (PSB) segue contabilizando apoios na oposição. Ontem, foi o ex-prefeito de Gravatá e candidato a deputado estadual, Joaquim Neto (PSDB), ligado a Guerra, que desembarcou no palanque “eduardista”. O acerto foi firmado à noite, após reunião do dois, na sede do PSB, no Recife, junto com o vice-prefeito João Paulo (PDT). Joaquim afirmou que o motivo para ter mudado de lado, após 12 anos, foi o fato de o PMDB ter lançado o vereador Daniel Melo para a Assembleia, fato que pode lhe tirar votos. Também prometeu convencer o prefeito Ozano Brito (PSDB), que é do seu grupo, a fazer o mesmo caminho. Ozano fará uma cirurgia no intestino, hoje, e só voltará à ativa em 20 dias.
Nos bastidores, a migração do prefeito de Gravatá é dada como certa. Caso o cenário se confirme, Eduardo passará a ter 15 dos 17 prefeitos do PSDB no Estado. Apenas o Padre Marcos, de Ibimirim, e Elias Gomes, de Jaboatão dos Guararapes, permaneceriam com Jarbas. Se perder Ozano, o senador terá apenas Daniel Melo, em Gravatá, um dos maiores municÃpios do Agreste, com 44 mil eleitores.
Joaquim Neto destacou que, antes de aderir à Frente Popular, tentou por duas vezes conversar com Jarbas. “Sexta-feira passada, eu fui no Centro Debate (escritório polÃtico do parlamentar) para conversar, mas ele não estava lá. Hoje, quando já estava acertando a minha vinda, Dufles Pires (PSDB) me ligou para marcar uma conversa com Jarbas para amanhã (hoje), mas minha decisão já estava tomada. Eu esperava ter o apoio do PMDB. Não tive atenção, nem reconhecimento. Muita gente do partido havia me falado que Daniel iria sair da disputa”, lamentou, garantindo que não é adesista: “Não fui cooptado, vim por minha própria vontade”.
Apesar de reafirmar seu apoio a Sérgio Guerra, em quem votará para deputado federal, Joaquim Neto garantiu ter definido seu caminho sem sofrer influência do cacique tucano. O ex-gestor votará em José Serra (PSDB) para presidente e ficou de avaliar a possibilidade de apoiar, também, os senadores da Frente Popular. Por fim, ressaltou que não subirá no mesmo palanque que o candidato a deputado Bruno Martiniano (PTB), que disputou a Prefeitura contra seu grupo, em 2008.
Eduardo Campos ligou para Martiniano, que, segundo o socialista, teria se mostrado compreensivo. “Ele me disse que continuava comigo e que apoio não se recusa”, revelou o governador, que, questionado se esperava aliar-se ao próprio Sérgio Guerra, respondeu dizendo que a pergunta deveria ser feita ao senador.
Postada por Gabriel Diniz
Post a Comment