Nanicos buscam lugar ao sol

(Por Marileide ALves) - Sem um entendimento sobre a lei eleitoral no que diz respeito às coligações, os partidos pequenos se movimentam no sentido de garantir, caso seja possível, uma aliança na proporcional, já que no plano nacional não há possibilidade de coligação porque muitos resolveram lançar candidaturas próprias. O PV foi uma das primeiras legendas que lançaram nome à Presidência da República: a senadora Marina Silva. O partido vem conversando com outras siglas na tentativa de garantir apoios. “Não há nenhuma definição de alianças. Estamos conversando com vários partidos, um deles o PRTB que já temos uma aproximação”, conta Sérgio Xavier, candidato ao Governo do Estado pelo PV. No entanto, o PRTB anunciou o nome do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Fernando Rodovalho, para o pleito estadual.

A candidatura de Fernando Rodovalho pelo PRTB, portanto, inviabiliza a aliança na majoritária com o PV. Mas Sérgio garante que a agremiação tem conversado com vários outros partidos. Mesmo sem apoios definidos, o verde se mostrou animado com a disputa. “O PV vai ter chapa própria para governador, senador, Presidência da República. O PV está pronto para sair sozinho, mas está aberto a alianças. Só definiremos isso em junho. Na convenção é que fecharemos a chapa. O importante é que tenhamos condições de discutir e buscar o máximo de alianças para o palanque”, disse entusiasmado.

O PSOL também viu sua aliança inviabilizada com o PCB por conta de candidaturas próprias das duas siglas. O PCB lançou Ivan Pinheiro como pré-candidato ao Palácio do Planalto e está decidindo o nome da legenda que disputará a majoritária em Pernambuco. Entre os cotados estão Aníbal Valença e Roberto Numeriano. “Temos muitos nomes para a chapa majoritária, mas nosso ativo eleitoral é quem vai definir”, disse Valença. O PSOL disputará o pleito estadual com Edilson Silva encabeçando a chapa, mas alimenta a esperança de lançar chapinha na proporcional com o PCB e também com o PSTU, se a lei permitir. “Fizemos um movimento para alianças com partidos com a mesma identidade programática”, frisou.

Edilson enviou uma consulta ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sobre a possibilidade de coligações na proporcional, quando os partidos não estão coligados nacionalmente. “Estamos esperando o resultado. Segundo dizem os especialistas, essa questão é uma nuvem cinzenta, ninguém sabe ao certo como vai ser. Como não sou especialista fiz uma consulta. Vamos ver. Se for possível, vamos procurar alianças na proporcional. Para a majoritária a tendência é sairmos sós. Em outro nível (estadual), estamos consultando para ver se podemos coligar”, contou. Nacionalmente, o partido lançou a pré-candidatura de Plínio Arruda Sampaio, que já confirmou presença na convenção do PSOL no dia 10 de junho, na Câmara dos Vereadores do Recife.

Outro partido que também se movimenta é o PSTU. Com candidatos próprios à Presidência da República e ao Governo do Estado, a legenda diz que não haverá coligação em nível nacional e estadual. Mas, claro, isso depende ainda de resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o que pode e o que não pode ser realizado em termos de alianças. O órgão ainda não tirou nenhuma resolução sobre o tema. A legenda lançou nacionalmente o nome de José Maria e para o pleito estadual a pré-candidatura de Jair Pedro da Silva, que terá como vice a professora Kátia Telles.

Postado por Gabriel Diniz

Postar um comentário

Comente esta matéria

Postagem Anterior Próxima Postagem