Header Ads

test

ORGANISMO FEMININO SUPORTA MENOS ÁLCOOL


Se há algo que feminista nenhuma pode discordar é que, no bar, ser homem ou mulher faz toda a diferença. As mulheres suportam menos álcool do que os homens, pois a bebida fica mais concentrada no sangue delas, e são diversos os fatores que causam essa intoxicação mais rápida e traumatizante, como a menor massa corpórea e distúrbios fisiológicos. Então, o mesmíssimo brinde pode ser fatal para o lado mais vulnerável do casal.

Pesquisadores italianos e americanos descobriram que quando os rapazes bebem, 30% do álcool ingerido é eliminado ainda no estômago, pois, neles, a enzima ADH (Álcool Desidrogenase) que quebra as moléculas da substância funciona direito. Já com as moças, por motivos ainda não identificados pelos cientistas, isso acontece em menor escala, então, aquela bebida circula no sangue e chega ao fígado. Segundo o Cebrid, essa desvantagem revela que para cada três homens alcoólatras existe uma mulher dependente. Há 20 anos, essa proporção era 10 para uma.

Esse vício todo influencia na saúde da mulher. Enquanto o organismo masculino desenvolve uma cirrose hepática em 15 anos, o feminino leva apenas cinco. O álcool também aumenta o risco de câncer de mama, de acordo com a Associação Americana para Pesquisa do Câncer, e prejudica a formação do feto, segundo o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, além de outras doenças.

Maria*, hoje com 47 anos de idade, sentiu na pele os efeitos colaterais da bebida. Ela chegou a trocar a faculdade, o trabalho, a família e os amigos pela mesa do bar, quando tinha 28 anos.

Com um tumor no cérebro, de acordo com ela, causado pela fragilidade emocional e o álcool, Maria comprava bebida escondida, mesmo morando sozinha, e sofria com esquizofrenia e epilepsia alcoólica. “Eu misturava calmante com bebida. Foi só quando comecei a ter apagões (surtos de amnésia) que eu fui procurar ajuda”, contou. Após tratamento clínico e reuniões no Alcoólicos Anônimos (A.A.), hoje ela está há exatos seis anos e três meses sem ingerir o primeiro gole.

Por Luna Markman (Folha PE)

Nenhum comentário

Comente esta matéria