A veterinária Ana Rita Pedrosa atendeu a cachorra e entregou um laudo às pessoas que socorreram o animal. De acordo com ela, o documento atesta que "os ferimentos são compatíveis com lesões de arma de fogo". "Ela está com hemorragia muito forte e dificuldade de respirar. Se sobreviver, vai ficar com sequelas, porque já apresenta sintomas neurológicos graves", afirmou Ana Rita.
Três PMs teriam atirado na cachorra porque ficaram irritados com o latido do animal. O padeiro Felipe Antônio Correia, 19 anos, relatou o fato.
"Eles chegaram apontando a arma para a gente, cerca de 10 pessoas que estavam na frente da minha casa, entre elas, crianças e senhoras, e anunciaram a abordagem de rotina. Nesse momento, um deles pisou na cachorra e ela latiu. Com raiva ele atirou nela. O outro puxou ele pelo braço e todos foram embora correndo, depois que viram a besteira que fizeram", contou Felipe Antônio.
O animal pertence a aposentada Maria Dalva Souza da Silva, 65 anos. Ela pretende dar queixa na Corregedoria da Polícia Militar. A senhora não teve condições emocionais de dar entrevista. Os vizinhos anotaram os dados da viatura, uma Frontier Nissan de placas PSV-1450. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a Polícia Militar para falar sobre o assunto.
Do Diario de Pernambuco / Foto: Goretti Queiroz
