Por Pierre Lucena
Do Acerto de Contas
A Copa das Confederações está chegando e o Governo do Estado, em anos de discussão (ou ausência de), não resolveu o mínimo: a preparação da segurança em dias de jogos. Até agora apenas ações isoladas e inúteis, como proibição de torcida organizada e até de cerveja, foram tomadas. Mas a baderna continua sem parar.
Quer um exemplo?
Em um jogo fácil para administrar a segurança como ontem, entre Santa Cruz e Internacional, acabou debaixo de muita confusão na sede do Arruda. Ao final, todo mundo foi para casa como se nada tivesse ocorrido. O que se diz é que alguns poucos torcedores do Sport chegaram e a arruaça teria começado.
Imagine quando milhares de torcedores de outros países estiverem por aqui, e alguns deles muito mais bagunceiros do que os pivetes das torcidas organizadas de Pernambuco. Vai ser um “Deus nos Acuda”.
Ontem a cavalaria entrou dentro da sede social. Isto mesmo, a CAVALARIA, dentro de um espaço de um clube, onde dezenas de crianças sempre transitam.
E como os vídeos circulam pela internet, dá para ver dois que mostram o completo despreparo da ação policial, que não consegue fazer o mínimo de trabalho de inteligência para evitar que isso ocorra.
Em um deles até um tiro teria sido disparado por policiais da Rocam, que discutiam com o Batalhão de Choque.
Um vexame!
E enquanto isso, fica cada vez mais raro ver mulheres e crianças nos estádios em Pernambuco. Na verdade ir ao estádio hoje é uma atividade de risco, especialmente na casa do adversário.
E não é por falta de legislação que não se acaba com isso, porque todo jogo prende-se 300 vagabundos e solta-se como se nada tivesse ocorrido.
Na cabeça do aparato de segurança do Estado, o negócio é mandar cavalo para cima de torcedor, como se todos fossem bandidos.
E o Governo não dá palavra alguma, como se isso fosse algo normal.
Basta assistir aos vídeos e ver do que estou falando.