Corregedoria vai investigar se PMs retardaram socorro a suspeitos

Corregedoria da Polícia Militar anunciou na tarde desta quinta-feira que dez policiais militares serão investigados por um suposto retardamento de socorro a dois suspeitos de roubar uma empresa metalúrgica na Zona Leste de São Paulo. O caso ocorreu em 9 de maio de 2008 no Parque São Rafael, segundo o major Levi Anastacio Felix, porta-voz da Corregedoria da PM.

As cenas estão registradas em um vídeo. Os policiais militares poderão responder desde abuso de autoridade até homicídio na forma omissiva. Felix, no entanto, negou que os dois suspeitos tenham sido baleados, naquela ocasião, pelos policiais militares. Os disparos foram efetuados pelo dono da metalúrgica, que seria guarda civil.
Os dois suspeitos baleados foram filmados enquanto agonizavam no chão esperando por socorro. As imagens, que foram postadas em um site da internet - e depois replicadas em outras páginas -, mostram os policiais militares hostilizando e ofendendo os suspeitos. Eles foram socorridos, mas um deles morreu três dias depois no Hospital de Sapopemba, também na Zona Leste.

O outro que aparece no vídeo, um adolescente, depois de recuperado, foi encaminhado para uma instituição para menores infratores e, no momento, encontra-se em liberdade. Em depoimento, ele afirmou que um dos policiais pisou no seu rosto e chutou seu braço, quando estava caído. Ainda segundo a testemunha, o trajeto até o hospital demorou 40 minutos. O sobrevivente confirmou que foi mesmo o dono da metalúrgica que atirou.

- Eles ficaram recolhidos aqui por cinco dias, em uma espécie de prisão, para que nós possamos realizar o trabalho de campo sem que haja qualquer interferência - disse o major Levi Anastacio Felix, porta-voz da Corregedoria da PM.

Da Agência O Globo

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