Policiais militares tiveram de empurrar carro da PM após atender uma ocorrência em uma escola municipal de Catarina, a 398 km de Fortaleza, na manhã deste domingo (28). Segundo o sargento Jucá de Brito, três soldados foram acionados para checar um ato de vandalismo dentro do colégio e, na saída, o único veículo policial oficial da cidade apresentou problemas mecânicos. Moradores, PMs e até o diretor da escola ajudou a empurrar. “É assim mesmo, mas vai melhorar”, disse o sargento em relação às condições de trabalho.
Segundo Jucá, o carro é um Fiat modelo 2005 e já apresentou problemas anteriores. Peças extras foram solicitadas para consertar o veículo e, de acordo com o sargento, os próprios soldados farão os reparos. A falha mecânica ocorreu quando deixavam a Escola Municipal Rodrigues Pereira, que havia sido invadida durante a madrugada de domingo por pessoas que atearam fogo a lixeiras e cadeiras, além de quebrar lâmpadas e espalhar a merenda escolar pelo prédio.
O diretor da unidade escolar, Tavino Batista, foi até o prédio da PM pessoalmente fazer a denúncia logo pela manhã, uma vez que a PM está sem telefone fixo por causa de uma mudança de prédio. Três, dos oito policiais responsáveis pela segurança na cidade, atenderam ao chamado recebido. “Até eu tive de empurrar o carro, um absurdo isso. E se tivessem prendido alguém?”, questiona o diretor Batista.
A rpeortagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Ceará (SSPDS-CE) que, por meio do tenente-coronel Albano, informou que está sendo encaminhada uma licitação para compra de 100 carros novos para a Polícia Militar do Ceará. "Essas novas unidades vão somar as já existentes e substituir as que estão em estado precário. Elas vão atender principalmente os contingentes espalhados pelo interiro do estado", diz o tenente- coronel. Quanto à informação de que os próprios policiais terão de fazer os reparos no carro, o tenente coronel disse "desconhecer o fato".
A escola
Batista informou ainda que ofícios comunicando a ocorrência na escola já foram encaminhados para a Prefeitura de Catarina e parte dos estragos deixados pelos vândalos já foram reparados. “Lâmpadas novas já chegaram e já foi pedida também o suco da merenda que foi derramado”, afirma o diretor. A Escola Rodrigues Pereira atende a 801 alunos em três turnos e outros 150 pelo programa do governo federal Projovem. O diretor diz ainda que um segundo vigilante foi solicitado para a unidade. “Na noite (em que ocorreu o vandalismo) o nosso segurança havia faltado”, explica.