DILMA CRITICA INVASÕES DE TERRA


A ex-ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, criticou ontem as invasões de terra e a ocupação de prédios públicos e considerou tais invasões como “atitudes ilegais”. “Sou inteiramente contrária a criar prejuízos aos que não são responsáveis pela política e sou contrária às invasões de terra”, destacou ela, sem citar o MST e cercada por uma plateia eminentemente ruralista que visita a feira agrícola Agrishow, em Ribeirão Preto, um dos principais eventos nacionais do setor de agronegócio.

A pré-candidata pregou o diálogo com os movimentos sociais e procurou isentar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de qualquer responsabilidade pelas ações desse movimento. “Governo é governo e movimento é movimento. A primeira relação é termos diálogo, mas sou inteiramente contrária à tomada de locais públicos e invasões de terra”, frisou Dilma. E continuou, sob aplausos tímidos da plateia: “Não pretendo compactuar com qualquer atitude ilegal que não deve ser premiada, pois estamos todos sob os mesmos princípios legais”.

Na feira agrícola, Dilma distribuiu abraços, beijos e subiu em um dos tratores expostos. Ela chegou ao evento acompanhada do pré-candidato ao governo de São Paulo, o senador Aloizio Mercadante, de Marta Suplicy e do deputado federal Antônio Palocci (PT-SP). Em rápido discurso, citou vários programas do Governo Federal para a concessão de crédito ao setor agrícola, entre eles o Mais Alimentos, destinado aos pequenos agricultores e o PSI (Programa de Sustentação dos Investimentos), criado no ano passado durante a crise econômica financeira global para injetar liquidez no mercado e financiar máquinas e equipamentos agrícolas.

A ministra repetiu o que o presidente Lula já vem afirmando, que o nível de crédito no Brasil saiu de R$ 400 bilhões para R$1,4 trilhão nos 8 anos de sua gestão e lembrou ainda que no ano passado foram destinados R$ 92,5 bilhões para a agricultura empresarial e mais R$ 15 bilhões para a agricultura familiar, dentro do programa de safra. A ministra deu sinais de que pretende manter algumas políticas temporárias adotadas pela equipe econômica do governo Lula, como a redução do IPI para bens de consumo e o próprio PSI, que está previsto para acabar no final deste ano.

Dilma admitiu que o governo não conseguiu fazer uma reforma tributária durante os oito anos do presidente Lula, mas prometeu que “a questão deve estar na ordem do dia nos próximos anos”.

Fonte: AE

Postar um comentário

Comente esta matéria

Postagem Anterior Próxima Postagem