BEBÊ MORRE APÓS RECEBR INJEÇÕES NO HOSPITAL GERAL DE PRAZERES


O prazer de comemorar o aniversário de um ano do filho não será sentido pelo casal José Félix da Silva, de 44 anos, e Taciana Maria Ramos Marinho, 21. Eles perderam, na tarde de ontem, o primogênito José Fernando Félix Ramos, de 11 meses, que faleceu depois de receber duas injeções no Hospital Geral de Prazeres (HGP), em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes. A equipe médica, que fez o atendimento, não informou o tipo de medicamento aplicado na criança e nem a possível causa da morte do bebê, que estava com problemas de saúde desde a última sexta-feira. De acordo com os pais, o garoto, após ser medicado, ficou com falta de ar e com o corpo roxo, vindo a morrer minutos depois.

Revoltados com o fato, os familiares do menino choravam ao lado do pequeno corpo, que ficou no necrotério do HGP esperando que a funerária o levasse para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), que vai informar o que provocou a morte. “Meu filho estava andando, não sei como isso pode ter acontecido. Não acredito que ele está morto”, lamentou o pai.

De acordo com a mãe da criança, na sexta-feira o menino estava com febre, sintoma que permaneceu até o sábado, quando a família resolveu levá-lo para o HGP. Na ocasião, o bebê também teria recebido, segundo os pais, duas injeções. “Depois de tomar os remédios e fazer exame de sangue, o médico disse que ele não tinha nada e nos mandou de volta para casa. No domingo, observamos que o corpo do nosso bebê estava com manchas vermelhas. Levamos ele para um posto de saúde, em Barra de Jangada, onde nós moramos. Lá, mandaram a gente dar um comprimido para a vermelhidão. Assim foi feito”, explicou Taciana Marinho.

Apesar das manchas vermelhas terem saído, o menino continuou sem comer direito e, ontem, acordou vomitando. Preocupada, a mãe retornou com a criança para o Hospital Geral de Prazeres e, novamente, segundo ela, duas doses de injeções foram ministradas. “Não me falaram o que tinham dado a ele. As enfermeiras não quiseram nos dizer. Como é que estive neste hospital no sábado e o médico disse que meu filho não tinha nada e hoje (ontem) ele está morto. Nós queremos uma explicação”, exigiu Taciana Marinho.

O pai do menino, o pedreiro José Félix da Silva disse que pretende processar a unidade de saúde, já que ele acredita ter sido as injeções a causadora da morte. “Alguém vai ter que pagar, meu filho não pode ter morrido em vão. Só podemos acreditar que a injeção matou meu bebê”, disse. Outras mães reclamaram do atendimento prestado no hospital, segundo elas, os médicos demoram para atender as crianças. A equipe de reportagem tentou, sem sucesso, falar com a Secretaria de Saúde do Estado, responsável pelo funcionamento do HGP, segundo a Secretaria de Saúde de Jaboatão dos Guararapes.

Por Diego Mendes

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