
Depois de esclarecer questões que impediam a conclusão das investigações e entregar documentos trazidos da Itália para a polícia, a dona de casa seguiu para a Promotoria de Justiça da Defesa da Cidadania da Capital (JDCC), acompanhada pelos delegados Alfredo Jorge e Glêide Ângelo, onde confirmou que está disposta a cuidar do sobrinho. “É de nosso interesse ficar com a criança porque ela tem uma família, não é um menino abandonado. Eu não vim aqui para pegar ninguém, mas sim porque fui solicitada para vir aqui”, disse.
Apesar de aparentemente terem entrado juntas no prédio do DHPP, por volta das 9h30, Roberta e Delma, além da avó Edneide Freire, de 69 anos, e o sobrinho, Ferdinando Júnior, encontraram-se por acaso em frente à unidade especializada, seguindo para o primeiro andar. Minutos depois, o garoto foi levado para o segundo pavimento por uma agente e retornou já nos braços do pai (Pablo), que está detido como um dos principais suspeitos de envolvimento no assassinato de Jennifer. Delma teria ido ao local apenas para encontrar Pablo e Ferdinando, levando o garoto para ver o pai, como de costume. A sogra da turista alemã, que também é investigada por envolvimento em seu assassinato, deixou a sede do departamento por volta das 11h, cobrindo o rosto do neto.
O depoimento da cunhada da alemã é importante para esclarecer questões como um seguro de vida que Jennifer teria em nome do sogro e de um relacionamento amoroso entre Pablo e o pai adotivo, Ferdinando Tonelli, 44. Nada foi revelado sobre o que ela disse, mas a partir desse depoimento, a polícia acredita estar a poucos dias da conclusão do inquérito.
Sob os cuidados do programa de proteção a testemunhas, Roberta permaneceu sozinha na sede do departamento especializado e, após a conclusão do depoimento, por volta das 13h30, seguiu para a PJDCC, onde conversou por aproximadamente duas horas com as promotoras Laíse de Queiroz e Ana Maria da Fonte. A cunhada de Jennifer e os delegados voltaram ao DHPP às 17h e, por volta das 19h, ela deixou o local, acompanhada por policiais responsáveis por sua segurança. Segundo a polícia, a estada de Roberta em Pernambuco pode durar 15 dias.
Por PRISCILLA AGUIAR e SÍLVIA LEITÃO
Imagem: Tv Globo